quarta-feira, 6 de abril de 2022

Marketplaces definindo a marca D2C para vender.

À medida que o mundo se torna on-line para atender às suas necessidades e desejos, o debate não é mais entre vender off-line ou on-line, mas se vender por meio de marketplaces ou pelo próprio site da marca. Responder a essa pergunta é uma questão de estratégia central e de sobrevivência para uma nova marca D2C com recursos limitados.

Vender pelo site próprio. A maior vantagem para uma marca que vende por meio de seu próprio site é a propriedade dos dados do cliente e a liberdade de conduzir a narrativa da marca. Uma vez que um cliente está no site, há muitos pontos de contato para envolvê-lo, sem a distração de outras marcas ou ofertas. A marca também pode construir relacionamentos de longo prazo com o cliente e aumentar as vendas repetidas. Mas esse é um empreendimento caro, possível apenas se a marca puder suportar perdas no curto prazo.

Pessoal, além disso, se uma marca oferece personalizações que exigem envolvimento direto com os clientes para oferecer o produto certo, a venda por meio de seu próprio site oferece controle total sobre a jornada do cliente.

Uma marca pode criar um site do zero e conectar um mecanismo de checkout como o WooCommerce. Ou pode escolher soluções plug and play por meio de plataformas diversas no mercado. Ambas as opções permitem a integração de vários modos de pagamento.

Cada vez mais, as marcas estão escolhendo a segunda opção porque as plataformas oferecem um serviço rápido e confiável que não requer investimento em tecnologia ou experiência em codificação. Tudo o que é necessário são imagens de alta qualidade e descrições de produtos para começar. No entanto, há uma taxa mensal fixa da plataforma e um corte adicional em cada pedido, que pode chegar a 2% do valor do pedido.

Gerando demanda e construindo confiança. Para uma marca D2C vender através de seu próprio site, gerar demanda para seu produto será uma tarefa gigantesca. Atualmente, a forma mais popular de aumentar o reconhecimento da marca é executar campanhas no Metacanais próprios e Google e suas afiliadas. Tie-ups com influenciadores é outra estratégia de sucesso. No entanto, essas campanhas podem ser caras, especialmente no início, quando a marca não é muito conhecida e o fator de confiança é baixo.

A empresa também precisará estar preparada para toda a jornada do cliente, desde a descoberta até a compra. Cada passo terá que ser voltado para construir confiança e tornar a experiência sem atritos. Para isso, as campanhas publicitárias de uma marca devem ter um call to action claro e o site deve ter um carregamento rápido. Deve haver várias opções de pagamento, especialmente COD. A integração com opções “compre agora, pague depois” deve ser considerada.

Vender diretamente para um cliente também exigirá um sistema robusto de gerenciamento de relacionamento com o cliente que possa integrar dados de todos os canais e resolvê-los em tempo real. Um CRM responsivo ajudará bastante na construção da confiança entre os clientes.

Armazenamento e integração. Uma marca D2C que vende em seu próprio site está em concorrência com outras marcas que vendem em marketplaces (e aproveitam suas redes de entrega). A marca terá que trabalhar para fornecer prazos de entrega semelhantes. A empresa precisará de um armazém para armazenar seu estoque e atender pedidos. Isso exigirá contas

individuais com parceiros de entrega de última escala, e ferramentas, ou seja, plataforma para integração com esses sites.

Uma maneira de contornar esses requisitos é fazer parceria com empresas de agregação e deixá-las lidar com armazenamento e atendimento de pedidos. Dessa forma, o negócio pode aproveitar a relação existente que os agregadores têm com os parceiros de entrega de última escala. Por um custo adicional, a marca pode aproveitar as páginas de rastreamento de pedidos da marca, ferramentas de previsão de RTO e contagem de caixa para pedidos COD.

Vendendo através de marketplaces.  O Brasil tem uma infinidade de marketplaces horizontais e verticais, e uma marca pode escolher qualquer um deles, dependendo da categoria em que o produto se enquadra. Para uma nova marca D2C, a venda via marketplaces traz muitos benefícios:

1. Acesso ao público existente - milhões de clientes visitam esses mercados todos os dias e, se o produto de uma marca se enquadra em suas categorias, os mercados podem ajudar a construir a tração inicial de vendas.

2. Construindo Confiança - Os clientes tendem a confiar nas marcas presentes nos principais marketplaces. Classificações e avaliações criam confiança no produto e podem impulsionar as vendas.

3. Acesso à infraestrutura - Todos os marketplaces possuem uma extensa rede de armazéns e centros de atendimento que se tornam imediatamente acessíveis a um negócio D2C. Esse modelo permite que as marcas se concentrem na venda, em vez de gastar tempo e recursos em logística e tecnologia.

4. Acesso a um público global - Marketplaces como a Amazon têm um programa de vendas global que pode ajudar as marcas nacionais a acessar o mercado global. Eles têm consultores que podem ajudar as marcas a se adequarem aos requisitos locais e usar a infraestrutura do mercado nesses países para vender seus produtos.

Mas também há um custo para vender através de marketplaces. Primeiro, as marcas não têm acesso aos dados dos clientes, o que é um obstáculo para construir relacionamentos de longo prazo com os clientes. Os marketplaces também cobram uma alta taxa de listagem e acesso à plataforma, entre 14 e 40% do valor da transação, dependendo da categoria e do AOV. Isso pode afetar as margens brutas da marca.

Escolhendo a abordagem certa. Em última análise, qual abordagem uma marca escolhe depende de seu produto e da categoria em que se enquadra. Se a marca está vendendo em categorias existentes, com pouca diferenciação de processo, vender em marketplaces é vantajoso. Isso impulsionará o reconhecimento da marca e manterá a queima baixa. No entanto, se houver uma diferenciação significativa de produto ou processo que exija tempo e esforço para educar o cliente, vender por meio de seu próprio site pode ser uma abordagem melhor.

Pense nisso.

Sergio Mansilha




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