Nessas duas décadas temos presenciado o aumento de empresas que realizam este tipo de serviço, dentre as quais algumas de procedência duvidosa, sem terem em seus quadros pessoas de qualificação e formação que em muitas vezes comprometem aquelas que possuem uma origem sólida, com formação de seus quadros e totalmente legalizada.
À estas empresas que me dirijo este artigo , para que possamos dentro de uma ética profissional unificar nossos problemas e em defesa das mesmas, minimizando estas dificuldades , com uma presença mais atuante politicamente a nível nacional que defenda nossos interesses, que são o de prestar a população um serviço complementar ao realizado pelos órgãos governamentais e não de concorrentes aos mesmos.
As empresas de Segurança Particular para prestar um serviço adequado passa também por dificuldades entre as quais cito:
- A alta tributação no Setor de Serviços, que resulta entre outros o da inviabilizacão de investimentos na área;
- Dificuldade de recrutamento de pessoal capacitado e que esteja sujeito ao desempenho da função;
- O assedio, ameaças e chantagens de marginais a funcionários, para facilitar assaltos e levantamentos de dados da empresa , exigindo um excelente trabalho de formação psico-emocional dos funcionários que tratam ou lidam diretamente ou indiretamente no transporte de valores e de segurança;
- Dificuldade de obtenção no mercado interno de tecnologia de ponta para melhorar o desempenho de serviço e sujeitos a uma verdadeira invasão de tecnologia de paises geograficamente situados em regiões cujo investimento na manufatura das mesmas é irrisória tornando seus produtos sem competição; exemplo a Taser Americana
- Falta de um aprimoramento da legislação atual que chega pôr exemplo a conflitar com outras legislações como é ocaso do Estatuto do Desarmamento e de regularização sobre o funcionamento de empresas prestadoras de Serviço de Segurança Particular no que diz respeito às empresas irregulares;
- Concorrência desleal de empresas clandestinas;
- Diálogo , temos que ter diálogo não só aos órgãos de controle e fiscalização mas com o governo como um todo para mostrarmos com números porque nosso segmento precisa de espaço e de maior flexibilidade para atuar.
Acredito que o primeiro passo para termos uma solução para nossos problemas, seria a união de todas empresas na defesa de nossos ideais em torno de um interesse comum a todos, independentemente de opiniões das mais diversas dentro do segmento, que alias é importante e saudável para se definir diretrizes e adotar medidas que venham a ser definidas a nível governamental.
Vejo como uma saída pensar em uma legislação unificada para a categoria de Segurança Privada, que englobe a Segurança Patrimonial, a Eletrônica, de TI, de cargas e de valores entre outras, em nossa defesa na esfera governamental.
Temos que cumprir a finalidade empresarial que nos destinamos sem esquecermos da social que o governo tanto exige e promete.
Sergio Mansilha