Os
problemas financeiros enfrentados pelas empresas são muitas vezes antecedidos
por um trabalho gerencial ou operacional insatisfatório, com dificuldades de andamento. Reflexos comuns das falhas empresariais são, por exemplo, os atrasos nos pagamentos,
pagamentos em cartório, perda de capital de giro, endividamento bancário
crescente, endividamento de curto prazo e perda de linhas de crédito no banco.
O problema está na demora para se diagnosticar o que está errado e adotar uma estratégia de recuperação. Esta lentidão, ou, em alguns casos, falta de conhecimento, condena principalmente as pequenas e médias empresas. Alguns problemas podem ser precoces e ter uma solução bastante viável. Porém, a demora em identificá-los pode levar a uma falha aguda dentro da empresa, mais séria e com recuperação mais difícil.
O problema está na demora para se diagnosticar o que está errado e adotar uma estratégia de recuperação. Esta lentidão, ou, em alguns casos, falta de conhecimento, condena principalmente as pequenas e médias empresas. Alguns problemas podem ser precoces e ter uma solução bastante viável. Porém, a demora em identificá-los pode levar a uma falha aguda dentro da empresa, mais séria e com recuperação mais difícil.
As
falhas na gerência:
Entre
os indícios iniciais da carência gerencial de uma empresa, pode se destacar o
estilo de gestão tipicamente familiar. Isso não significa necessariamente a
presença de diversos parentes no organograma, mas sim um tratamento da empresa
similar ao feito com o ambiente de casa. Isso pode ser detectado quando o
administrador leva questões e problemas de ordem familiar para o ambiente
corporativo, por exemplo. O conhecimento nas áreas de marketing e finanças
também é fundamental para uma boa administração da empresa. Mesmo com
possibilidades simples de reversão do quadro, este tipo de deficiência, ela é
normalmente percebida quando já existe a falta de formulação de novas
estratégias dentro de um timing adequado. Além disso, assumir responsabilidades
dentro de uma área que não é de seu domínio, pode levar o gestor da empresa a
tomar decisões erradas ou de alto risco.
Funcionários
novos e antigos:
A
alta rotatividade de funcionários, assim como seu extremo: funcionários muito
antigos -, também é sinal de que algo vai errado. Quando a empresa não tem uma
linha de ação bem definida, um direcionamento, ela cria um ambiente confuso e
inseguro para seus trabalhadores, que buscam uma recolocação em pouco tempo. O
problema de gestão também está presente quando as equipes de trabalho não são
renovadas há tempos. O problema não está na presença de um funcionário por anos
dentro da companhia, mas sim na falta de renovação de ideias que se estabelece.
Esta acomodação da empresa não renova técnicas ou padrões de conduta e não
absorve novidades do mercado. O treinamento, neste caso, é útil, porém não o
suficiente.
Consequências:
Quando
o gestor interrompe constantemente o andamento de seu trabalho para cuidar de
assuntos urgentes, algo está errado. Este já é um sinal avançado das
deficiências internas, uma mostra que o tempo e os recursos não estão sendo bem
administrados. O empresário deve ter o tempo para sentar e planejar ações, assim
como prazos para tomar decisões assim como traçar planos. A falta disso o
impede de contornar e prever dificuldades e oportunidades a médio e curto
prazo. A pressa também é um fator que leva à decisão erradas e perigosas para a
firma. Como reflexo da sobrecarga constante na agenda dos executivos, eu aponto
o estresse pessoal e da equipe, que absorve o descontrole gerencial. O
empresário também deve ficar atento ao excesso de reuniões e ao alto grau de tensão
e desentendimentos durante as discussões das tarefas.
Problemas
operacionais:
Para
diagnosticar se a parte operacional da empresa está sendo eficiente, é possível
observar a organização e o desempenho da área frente aos projetos. A perda de
pedidos ou contratos por conta de atrasos no cronograma de entrega não pode
acontecer. Relatórios contábeis em dia permitem à empresa olhar para frente e
evitar futuros problemas de caixa. Faturamento em queda, ou estagnado, também
sinaliza problemas à vista, assim como a diminuição das margens de contribuição
- ou seja, a relação entre o custo fixo de produção e o faturamento.
Para
que estas variações financeiras não afetem a saúde da empresa, a controladoria
tem um papel importante e fundamental em diagnosticar rapidamente as mudanças.
Esta área deve analisar e apontar deficiências ou cuidados a serem tomados. Se
este controle interno não for bem exercido, será só uma questão de tempo até as
falhas financeiras surgirem.
Desta forma, é possível apontar o que é necessário
aos setores da empresa agir com prontidão e agilidade às mudanças e tendências
de mercado, aproveitando oportunidades para o crescimento e saúde financeira da
organização.
Pense nisso.
Pense nisso.
Sergio Mansilha