quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Enquanto a vida abrandou, deixe que a gentileza o leve a novos lugares.

É possível que tenhamos esquecido de como ser gentis uns com os outros? 

Quando assisto ao noticiário, quase concluo que sim, mas sei que não é assim.

Vejo a dor de muitas pessoas que sentem que nosso país não se importa com elas. Eu me pergunto que tipo de gentileza posso fazer. Quero que entendam que só quero o bem para eles, mas não sei como dizer. Então, tento fazer contato visual, abrir portas e dizer olá a cada encontro que tenho.

Estou ciente de que são apenas pequenos gestos. Meu desejo de ser gentil não resolve a injustiça real, mas é o que posso fazer no momento.

Quando ouço conversas políticas das quais discordo, me surpreendo com pensamentos rudes. Eu me pergunto como as pessoas podem pensar assim, tolerar tal comportamento, ser tão rudes. Então, percebo que meus próprios pensamentos refletem a realidade que estou condenando. Não é assim que eu quero ser.

Para testar a minha própria coragem, estou decidido a limitar o tempo que escuto o diálogo político. Eu vejo como isso rasga minha própria alma.

Recuso-me a permitir que as trevas consumam a luz do mundo. Espero que você me siga em uma série de resoluções:

Decido passar mais tempo lendo do que assistindo TV até o final do ano.

Resolvo encontrar maneiras de me divertir com as crianças da minha vizinhança com a maior frequência possível. 

Resolvo aceitar o desafio de minha esposa de pensar com frequência nas coisas que me fazem rir instantaneamente.

Resolvo pensar nessas pessoas e coisas que me inspiram. Essa lista é longa.

Resolvo passar o máximo de tempo que puder, de maneira segura, com as pessoas que me fazem sentir amada. Não quero passar um dia sem algum contato com o maior número possível.

Pessoal, sei que esta pequena lista não tornará o mundo um lugar mais amável. No entanto, posso fazer da pequena parte do mundo em que habito um lugar onde a bondade é aparente. Se eu fizer isso, e tiver sucesso na maioria das vezes, aqueles que compartilham este espaço se sentirão em paz uns com os outros.

O Brasil é sem dúvida um País religioso. "Onde você vai à igreja?" Costuma ser a primeira pergunta que você faz quando conhece um estranho. Mas onde vamos à igreja não importa realmente se não somos um País com relacionamentos formados no princípio de ser gentil.

Temos tantos desafios, começando pela pobreza, a superar no Brasil. Temos conversas robustas e necessárias sobre desigualdade econômica, disparidades sociais e justiça racial. Em minha opinião, essas discussões dependem da resolução de sermos gentis uns com os outros.

Ensinamos as crianças a serem gentis antes de começarem a escola. Oro para que possamos ver a bondade como um alicerce de nossa vida juntos.

Pense nisso.

Sergio Mansilha







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