No
mundo de hoje com a explosão no acesso à internet, cresce número de dependentes
digitais, que podem chegar à compulsão e necessitam de tratamento.
Esse
vício tem o nome de “nomofobia”, que é a angústia relacionada à possível perda
do celular ou à incapacidade de ficar sem o aparelho por mais de um dia. Toda
fobia é um medo irracional e, no caso do vício em celular a nomofobia esse medo
é de ficar isolado, desconectado do mundo virtual, achando que está perdendo
algo quando não está acompanhando tudo o que acontece.
O
que acontece é que os usuários que conseguem viver suas rotinas de trabalho,
estudo, familiar, social e seu lazer off-line, mesmo usando as tecnologias
digitais de forma intensa, são diferentes dos compulsivos, que têm necessidade
de passar cada vez mais tempo envolvido nas tecnologias.
Esses
compulsivos criam uma falta de socialização, pois todo viciado tende a
isolar-se da família, amigos e colegas de trabalho. Esse afastamento se dá
porque o viciado tende a negar que tem um problema e, por não querer que
ninguém toque no assunto, se afasta de quem tenta ajudar.
Essa
epidemia "nomofobia" não deixa a pessoa se concentrar em suas tarefas,
o que pode causar diminuição da produtividade, aumento no risco de erros e
acidentes, falta de atenção, perda de qualidade etc. Também são comuns o
afastamento dos demais colegas de trabalho e a busca constante por estar
sozinho e poder passar a maior parte do tempo possível conectado. Diante de um
quadro assim, muitas empresas não veem outra solução senão o desligamento do
funcionário.
Segundo
o instituto Delete, a dependência digital não está diretamente relacionada ao
tempo de conexão de uma pessoa aos seus dispositivos eletrônicos; mas sim ao
nível de perda de controle na vida real, como já mencionei acima, trazendo
prejuízos nos campos profissional, familiar, afetiva ou social.
Esse
mesmo instituto enumera os estágios dessa dependência:
EXCITAÇÃO:
Tentativa de esquecer problemas pessoais, buscando a tecnologia como um meio
melhor ou mais seguro.
RELEVÂNCIA:
Importância que dá à necessidade de se conectar e usar dispositivos.
TOLERÂNCIA:
Perde o controle e substitui os programas reais do dia por maior tempo na
tecnologia.
ABSTINÊNCIA:
Quando não estão conectados ou não conseguem usar certos dispositivos ou
aplicativos, tornam-se irritados, ansiosos e com medo.
CONFLITO.
Quando o uso excessivo compromete as relações na vida real.
Enfim,
que essa explosão que nos acompanha e é uma extensão das nossas vidas, nós já
sabemos, e entre a bênção e a maldição da tecnologia, precisamos ter
consciência sobre o seu uso.
Sergio
Mansilha