sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Enfrentamento e Inovação

Para os chineses, a palavra crise também significa oportunidades. No atual cenário econômico parece que o pessimismo tem tomado conta do mercado de trabalho, afugentando as oportunidades. Vamos dar uma injeção de ânimo e mostrar que o otimismo e a fé são duas armas importantes no enfrentamento de uma crise. É um momento de reflexão e de adaptação e não podemos nos entregar ao pessimismo. Precisamos buscar novas alternativas para ficarmos bem. 

Mas como falar em otimismo se a empresa está fazendo cortes, um contrato importante não foi fechado e os fornecedores anunciaram a elevação dos preços da matéria-prima? 

Devemos aprender que não temos controle do resultado, que sempre devemos fazer o nosso melhor e focarmos em nossas despesas e controle de desperdícios. Sempre buscando formas de nos motivarmos e nos sentirmos bem. Não devemos nos focar nos problemas e sim nas soluções. E é exatamente nesses momentos de adversidades que colocamos para fora todo o nosso potencial, fazendo coisas que imaginávamos ser impossíveis. Diante de uma situação desfavorável, o profissional precisa reinventar-se utilizando uma arma importante: a criatividade. 

Coloque sua criatividade e de seus colaboradores para trabalhar. Esteja aberto a sugestões e não crie qualquer tipo de barreira a mudanças. Em momentos de crise é que avaliamos de forma mais efetiva qual o valor que poderíamos estar entregando ao mercado e que ainda não foi agregado ao nosso produto ou serviço. Oportunidades podem aparecer até mesmo em um cenário de demissões em massa. A empresa pode aproveitar esse momento para desenvolver projetos internos e o profissional desengavetar projetos pessoais, investir no conhecimento, levar ideias para a empresa, principalmente quanto à redução de custos, principal preocupação de uma fase instável. O ponto principal em um cenário ruim é a comunicação aberta. É preciso que a organização mostre o verdadeiro cenário, esclareça o panorama e busque alternativas. 

A crise em si tende a deixar o profissional preocupado e a empresa tem o papel maior de mostrar alternativas. Mesmo sem perceber, estamos sendo observado o tempo todo. Mesmo que a empresa tenha anunciado cortes e que você esteja no meio deles, procure entregar o melhor trabalho até o período final. Faça o seu melhor sempre e confie. O mercado carece de trabalhadores proativos, com iniciativa, que entregam bons resultados

Se você faz um bom trabalho, você deixa uma marca positiva por onde passa. Sem você saber, as pessoas comentam sobre você. Isso é marketing pessoal. Essas informações, com certeza, chegarão às pessoas interessadas em você. Mesmo em um cenário desfavorável, é preciso motivar-se para o trabalho sendo otimista e confiante. É importante que o profissional identifique sua motivação pessoal para extrair de si o melhor e que a organização ao mesmo tempo crie estímulos para que os colaboradores estejam envolvidos com os objetivos da empresa e possam elevar o nível de participação e comprometimento e o desempenho de cada profissional para o alcance de melhores resultados nas adversidades. 

O empresário/gestor deve desenvolver a competência de liderança em tempos de crise, atuando na liderança positiva, gerando ambiente fértil ao aprendizado e conhecimento e buscando soluções. É preciso ser sensível para saber identificar os bons profissionais por trás da crise e da desmotivação e criar ambientes mais humanizados. 

Enfim, esta não é a pior crise pela qual o País passou e, como em outras, haverá uma depuração natural do mercado, em que as grandes companhias que trabalharem direito vão se sobressair. 

É preciso olhar para frente ! 

Num período que abrange os próximos dois, três anos, as empresas devem aproveitar para “arrumar a casa”, enxugar portfolios e promover outros tipos de ajustes, com foco total em gestão e eficiência. Tudo isso sem lançar mão de investir em inovação. 

Na perspectiva de um mercado retraído, é preciso saber se preparar também para anos melhores, que virão. As mudanças (para melhor) podem ocorrer mais rapidamente do que se imagina, caso um cenário de confiança seja restaurado. 

Pense nisso.
Sergio Mansilha

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