segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Potencial da Segmentação Contextual para o Marketing.

Muitos de vocês desconhecem, mas durante anos, a indústria defendeu a personalização, adaptando mensagens aos dados individuais do usuário num processo sequencial.

Pessoal, embora essa abordagem tenha se mostrado promissora, ela também gerou sérios problemas de privacidade, levando a regulamentações mais rígidas e crescente desconfiança do consumidor num modo geral. Com essa afirmação, a depreciação de cookies de terceiros, uma pedra angular da segmentação comportamental, está causando uma perda de sinalização que prejudica a eficácia dos anúncios personalizados de modo geral.

Então, pergunto:

De uma forma ampla, e se pudéssemos atingir relevância sem dados pessoais sistematicamente?

Em ato contínuo, e se pudéssemos alavancar o próprio conteúdo para criar conexões significativas, promovendo sinergia entre a mensagem e a experiência de visualização?

Essas duas perguntas traduzem, que esse é o poder da segmentação contextual.

De uma certa forma, a segmentação contextual se aprofunda nas nuances do conteúdo, pois, as emoções que ele evoca, os temas que ele explora, os produtos que ele exibe, são fatores cruciais e usa esse entendimento para entregar anúncios que melhoram a experiência de visualização em tempo real.

Coloque na massa do sangue, esse conjunto acima transforma cada posicionamento de anúncio em uma oportunidade de construir conexões em vez de interrompê-las.

Vocês devem fazer uma reflexão; imagine assistir a um programa de culinária e ver um anúncio do mesmo eletrodoméstico ou aproveitar um documentário de viagem e receber ofertas de viagem para destinos na tela, fatores positivos não acham.

Pois bem, essas não são intrusões aleatórias, mas extensões de valor agregado do conteúdo. Com essa indicação, ela é a essência da relevância contextual, transformando mensagens de marketing de interrupções indesejadas em extensões naturais da experiência de visualização, aumentando a intenção e o engajamento do consumidor, promovendo associações positivas de marca, tudo feito após a produção, sem posicionamento avançado do produto e/ou serviço.

Notem que essa abordagem vai muito além do reconhecimento facial ou de logotipo básico. De uma forma geral, ela aproveita a IA sofisticada e o aprendizado de máquina para decifrar os sentimentos subjacentes, temas e dicas emocionais sutis que moldam a experiência de visualização. Vejam só, ela permite granularidade e precisão que elevam a publicidade de um jogo de adivinhação para um diálogo estratégico eficaz.

Numa reunião na semana passada com um CEO de uma grande empresa, o mesmo me informou que sua instituição vem trabalhando nesta tecnologia há algum tempo, criando taxonomias complexas, treinando modelos de IA e soluções pioneiras que liberam todo o potencial da segmentação contextual. Ele também me disse, que com os seus parceiros (sou um deles), foi testemunhado como ela pode aumentar a segurança da marca ao garantir que os anúncios sejam colocados no contexto certo, aumentando o engajamento do conteúdo ao entregar

mensagens relevantes e impulsionando conversões ao capitalizar momentos de alto interesse do espectador e verdadeira intenção do usuário contínuo.

Pessoal, vou dar exemplo, em uma das séries de sucesso de longa data de alguns dos meus clientes, os espectadores podem pausar a ação e comprar itens apresentados no programa, resultando em maiores taxas de engajamento rápido.

Olhem só, os primeiros sucessos ressaltam o potencial da segmentação contextual para integrar perfeitamente o comércio à experiência de conteúdo, criando um cenário vencedor para marcas e consumidores, nessa coalizão, a ascensão dos serviços de streaming, com suas vastas bibliotecas de conteúdo e audiência diversificada, fornece o ambiente perfeito para a segmentação contextual.

Sabem porquê?

Digo sempre, ela permite que os anunciantes vão além de dados demográficos amplos e se conectem com os espectadores com base em suas escolhas específicas de conteúdo, maximizando a relevância e o engajamento, quero dize, isso é crucial em um momento de maior sensibilidade em torno da privacidade e do uso de dados formais e informais.

De uma forma pragmática, além disso, em um ano eleitoral no Brasil, em meio a um ciclo de notícias particularmente movimentado, a necessidade de segurança da marca é crítica. Assim afirmo, que a segmentação contextual oferece uma solução robusta ao garantir que os anúncios se alinhem com o conteúdo certo, mitigando riscos de reputação para marcas e fomentando a confiança do consumidor em todos os níveis

Porém, como qualquer tecnologia emergente e criativa, isso requer uma curva de aprendizado sólida. É uma regra, como os consumidores se adaptaram à publicidade via pesquisa e e-mail, eles precisarão de tempo para adotar conteúdo comprável e anúncios contextualmente relevantes.

De uma forma sólida a educação e transparência são essenciais, permitindo que os consumidores entendam os benefícios dessa abordagem e apreciem seu papel na criação de uma experiência de anúncio mais envolvente, relevante e afirmativo.

Enfim, o futuro da publicidade não está na personalização intrusiva, mas na contextualização inteligente, pois, trata-se de entender o conteúdo, respeitar a privacidade do usuário e entregar valor às marcas e aos espectadores. Simples assim, trata-se de fazer com que cada anúncio conte, transformando momentos fugazes em conexões significativas, bem como, tornar a experiência do anúncio tão envolvente e relevante quanto a programação em si, promovendo sinergia que beneficia todos os envolvidos possam participar.

Digo sempre, em um mundo onde cada momento conta, a segmentação contextual oferece um caminho a seguir que é eficaz e ético, abrindo caminho para um ecossistema de marketing mais significativo e sustentável para todos.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

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