Não é novidade que as mudanças sísmicas na cultura são mais fáceis de detectar quando recebem um acrônimo.
Pessoal, uma novidade que tem
circulado ultimamente é sobre nossas perspectivas no trabalho. Já ouviram falar
de FOBO, sim, é como uma tentativa de entender por completo todas as
alternativas disponíveis e eleger a que apresenta maiores vantagens, ou seja,
significa medo de ser obsoleto e está se tornando uma preocupação mais
significativa para os trabalhadores com ensino superior no Brasil, de acordo
com pesquisas que passei vistas. Curiosamente, o FOBO parece estar em toda
parte, até mesmo porque o surgimento repentino da IA generativa fez com que
muitos de redatores a programadores questionassem se teriam as habilidades
necessárias para pagar as contas por muito mais tempo.
Uma coisa é certa, não é de
admirar que o mundo dos negócios esteja tão entusiasmado com o aprendizado. Os
programas de educação dos colaboradores de grandes instituições privadas estão
em ascensão e tornou-se apropriado que as empresas promovam os seus próprios
esforços de melhoria de competências. Afinal, um aumento de competência é bom
para todos.
Digo sempre, investir nas pessoas
melhora a cultura da empresa, mantém os colaboradores interessados e aumenta
a probabilidade de eles permanecerem por perto. Também faz com que as empresas
funcionem melhor. De acordo com essa pesquisa, as organizações com uma forte
cultura de aprendizagem têm 95% mais probabilidades de desenvolver novos
produtos e processos.
Logo, todo esse auto
aperfeiçoamento pode nos ajudar a sentir que aumentamos nossa liderança em relação
aos bots. Mas há um ponto cego, as empresas priorizam habilidades como gestão,
estratégia corporativa e finanças.
Mas e quanto a ensinar os Times
como transformar ideias em receitas?
Ou como aprender com a arte para
fazer campanhas melhores?
O componente que falta nesta
reeducação em massa é a criatividade; ignorá-la está custando caro às empresas.
É comum um déficit de
criatividade. A ausência de criatividade na formação (e nas empresas em geral)
deveria preocupar mais os líderes do que atualmente. As empresas que não dão
prioridade à criatividade estão desaparecendo a uma velocidade alarmante;
aqueles que o fazem, florescem. Por exemplo, eu atribuo grande parte do sucesso
da gigante do vestuário desportivo (Nike) à sua cultura criativa. Também avalio
que as marcas deveriam ficar mais preocupadas quando percebem uma escassez de
ideias novas. A ausência de criatividade é a queda de inúmeras empresas todos
os anos.
É notório que sua ausência de
criatividade leva a ideias cansadas, marcas previsíveis e clientes entediados.
Aliás, não acredite nele?
Vejam como a lista das maiores
empresas mais valiosas do mundo mudou na última década. Em 2012, o line-up era
composto por nomes como Shell, IBM, Chevron e ExxonMobil. No ano passado, essas
marcas foram substituídas por empresas como Tesla, Tencent, Alphabet e
Amazon. Apenas a Apple e a
Microsoft, ambas inovadoras consistentes conseguiram permanecer nesta empresa
rarefeita a longo prazo.
Como disse no título deste artigo,
a criatividade é o oxigênio para o crescimento dos negócios. Então, por que
estamos prendendo a respiração? A resposta para isso está em como pensamos e
entendemos isso. Dou um exemplo, uma grande proporção de organizações ainda
constrói um muro em torno da criatividade, partindo do pressuposto de que
existem quem tem e quem não tem. As empresas possuem departamentos criativos
que abrigam pessoas que supostamente operam em algum plano alternativo a todos
os outros.
Mais ou menos assim: Ah, bem,
você é criativo, não é?
Este tipo de pensamento, onde a
criatividade é competência de poucos escolhidos, impede que as organizações a
utilizem de forma mais ampla. Na verdade, todos os humanos são criativos, pois,
criatividade é uma expressão fundamental de si mesmo. Entretanto, a nuance a
compreender é esta:
A criatividade é uma habilidade,
não uma característica. E as habilidades, ao contrário das características, podem
ser desenvolvidas, aprimoradas e aplicadas em novas situações.
Nos anos seguintes, as empresas
continuarão a apostar na IA generativa e nas tecnologias que ajudam as empresas
a fazer as coisas mais rapidamente e com menos pessoas envolvidas. Com a maior
parte do mercado preocupada com coisas como dados, automação e perseguição de
clientes, a atitude mais inteligente é desenvolver a vantagem comercial que já
existe em seu negócio.
Afinal, cultivar a criatividade é
a forma mais eficaz de criar marcas duradouras, e também pode nos ajudar a
combater o início do FOBO.
Pense nisso.
Sergio Mansilha