No ambiente de trabalho em geral, quando de minhas consultorias, cada vez mais falo da necessidade de inovação e consequentemente do papel da criatividade no processo.
Afinal de contas, o que é essa tal criatividade e inovação, o que ela de fato proporciona e como fazer para termos seus benefícios nas empresas ?
Então, se criatividade é um recurso infinitamente renovável e extremamente relevante nos níveis individual(colaborador) e empresarial, como tirar melhor proveito disso?
Como multiplicá-la e fazer melhor uso dessa ferramenta para aquisição de novos clientes e desenvolvimento comercial ?
Pessoal, não se inova sem percepção. Os instrumentos de gestão do passado, não são mais suficientes para garantir a inovação de que as empresas necessitam para sobreviver. A inovação exige o cumprimento de determinados pré-requisitos nas empresas, entre os quais a compreensão de que as pessoas são diferentes e são talentosas à sua maneira, cabendo à empresa conciliar as diferenças. A maioria das empresas tem um modo convencional de estrutura organizacional, que estabelece uma separação entre o "pensar" e o "fazer". A criatividade e a inovação exigem a quebra dos modelos convencionais de gestão. Digo que não seria exagero afirmar que 90% das lideranças das empresas atuam visando apenas preservar o poder, daí porque são lideranças conservadoras, que evitam ao máximo processos de mudanças.
Como consultor critico a tendência de criação de áreas de "inovação" nas empresas, como núcleos ou departamentos ou gerências. A prática tem mostrado que essa divisão leva ao fracasso, inclusive nas situações em que o núcleo de inovação é alocado na área de Recursos Humanos. Veja, empresas de serviços de modo geral, são muito restritivas e limitadoras, o que termina por impactar a inovação, que não encontra espaço para se manifestar. Uma pesquisa promovida pelo INEI com 36 empresas procurou avaliar quais são os fatores mais restritivos à inovação. A pesquisa apontou oito fatores comuns, mas o principal deles, que surgiu em todas as empresas, foi o papel negligente das lideranças das empresas no que diz respeito a criar as condições para a inovação. A inovação nas empresas não pode ser vista como um "produto", mas faz parte de um amplo processo que exige canais de comunicação totalmente abertos. Muitas pesquisas evidenciam que um dos principais fatores de inibição à criatividade são chefias despreparadas. Chefes são custo indireto, portanto não devem ser muitos. A função dos chefes não deveria ser a de mandar fazer, mas sim a de promover a educação através da liderança.
Se todos fizessem tudo certo, para que precisaríamos de chefes ?
O que começa a ficar evidente é que as chefias precisam ter um viés mais educativo, mais formativo, e isso só é possível para chefes realmente preparados para serem líderes e não capatazes. Uma coisa é certa, sugestões não faltam! Talvez precisemos desenvolver mais consciência quanto ao valor da criatividade e inovação e ter mais disciplina para exercitá-la no nosso dia a dia e no planejamento estratégico da empresa.
"insanidade é continuar fazendo as mesmas coisas e querer resultados diferentes". Albert Einstein.
Pense nisso...
Sergio Mansilha