Criar é contemplar seus esforços em resultados concretos, vejam que uma das maiores tendências de desenvolvimento web e experiência digital dos últimos anos é o surgimento da plataforma headless CMS e arquiteturas de implantação relacionadas a conteúdos significativos.
Pessoal, toda a abordagem do CMS headless para fornecer conteúdo e experiências digitais é aquela que separa a operação, a lógica e os dados dos bastidores de um site ou ponto de contato digital, ou seja, o corpo dele, dos elementos visíveis com os quais os usuários interagem, dessa forma, a cabeça pensante.
Compreendam que separar conteúdo, lógica de back office e funcionalidade de interface de usuário promete muitas vantagens em relação aos sistemas monolíticos tradicionais e existentes.
Vou citar as principais vantagens de um CMS headless, que incluem:
1 – Apresentando maior velocidade de entrega do site, quero dizer, core web vitals, que o Google recompensa com uma classificação mais alta nos resultados de pesquisa concretos.
2 – Trabalhe a maior agilidade operacional; desacoplar as principais partes de um site reduz as interdependências e, portanto, diminui a quantidade de testes necessários a cada atualização do código do site e seu posicionamento.
3 – Trabalhe permitindo mais reutilização de conteúdo em canais de entrega como sites, aplicativos móveis, quiosques em lojas e consoles automotivos de autoconfiança.
4 – Trabalhe quebrando cenários de dependência de fornecedores com cabeças de código aberto ou de vários fornecedores simultâneos.
Em muitas situações, não é de se surpreender que as empresas sejam atraídas a desmembrar sua solução tudo-em-um, mas esteja ciente de que essa transição introduz novas complexidades que exigem pesquisa e preparação um tanto formais. Entendam que como derrubar uma torre de blocos de madeira, você tem que reconstruir, mas dessa vez você montará múltiplas estruturas sólidas.
Tenham muita atenção, pois, se esta for sua primeira implementação headless, esteja preparado para recalibrar sua experiência anterior em desenvolvimento web e ferramentas de planejamento conciso.
Vou dar uma dica, crie planos de projeto e recursos humanos que se alinhem com a natureza única de se tornar headless por excelência.
Nada se começa se você estabelecer novas metas. Vejam que todo projeto precisa de metas e, como qualquer projeto, os resultados de negócios devem ser suas medidas de sucesso contínuo. Essa maneira é ainda mais importante em um projeto headless, onde as promessas são tão convincentes que os líderes de projeto podem presumir que tornar headless é a meta, procure esclarecer os objetivos de negócios que uma solução headless dará suporte em todo o momento.
Procure dar ao seu Time técnico o alvo certo para atingir o objetivo. Cito um exemplo lógico, a flexibilidade do software e a capacidade de alternar um software com pouco impacto nos outros é uma vantagem significativa do headless em toda a sua trajetória. Nesse processo todos seus desenvolvedores podem se agarrar a isso como uma meta para alcançar o objetivo principal. Porém, com ressalvas, a meta do projeto do seu departamento de marketing pode ser aumentar o tráfego de pesquisa orgânica em sua estrutura. Dessa maneira, se não forem informados, os desenvolvedores ignorarão tarefas que dão suporte à meta do departamento de marketing afetando o projeto.
Procure entender as expectativas dos departamentos que financiam o projeto e comunique muito ao Time de implementação. É fato todas as metas devem ser mensuráveis e entrelaçadas em instruções de tarefas e critérios de aceitação de uma forma geral. Procure não lançar até que elas tenham sido verificadas continuamente.
Procure catalogar a funcionalidade do projeto. Antes faço uma pergunta; se você derrubou um edifício e está montando estruturas menores em seu lugar, como pode ter certeza de que replicará a mesma funcionalidade para sua eficiência?
Simples; procure elaborar um projeto catalogando a funcionalidade pré-existente em seu contexto. É fácil entender, mesmo que o site esteja sendo redesenhado, você ainda precisa documentar sua funcionalidade necessária e confiável. Procure listar todos os recursos que o site executa, grandes e pequenos em sua trajetória. Contudo, preste muita atenção à lógica de exibição, como se uma lista de sapatos fosse classificada por preço e não por visibilidade. Diante disso, não se esqueça de capturar a funcionalidade do administrador, como a capacidade de visualizar uma página de rascunho antes de ser publicada e lançada.
Procure pedir para seu Time técnico avaliar cada item na lista e anotar como ele será recriado na arquitetura headless simples. Na minha experiência, alguns virão facilmente e seguirão um procedimento padrão, mas seu Time inevitavelmente encontrará áreas que exigem mais pesquisas sólidas. Digo sempre, que um plano de projeto típico não aborda essas lacunas porque as soluções all-in-one incluem funcionalidades básicas como visualização e publicação correlatas, dessa forma, elas precisam ser construídas do zero sempre.
Procure repensar as funções dos colaboradores. É fato, as tarefas são divididas entre desenvolvedores front-end e desenvolvedores back-end em conjunto. Todos os desenvolvedores front-end criam as interfaces de usuário e implementam os designs visuais e paralelos. Bem como, os desenvolvedores back-end programam os tipos de conteúdo de bastidores, lógica de negócios e integração de serviços comuns. Sim, é bem direto planejar responsabilidades, ou seja, atribuir trabalho relacionado ao design ao Time front-end e tarefas de dados e lógica aos desenvolvedores back-end nesse percurso.
Todos os projetos headless reorganizam as responsabilidades tradicionais do seu Time. É comum, que soluções headless dependem de uma nova geração de bibliotecas de software e frameworks visuais que podem processar interações do usuário final sem falar com os servidores de back office e por aí adiante.
Fato, a tarefa de buscar dados que são exibidos em uma página da web é compartilhada por ambas as funções, sempre.
Todos os esforços do desenvolvedor back-end vão para a criação de uma interface de programação de aplicativos, digo API, que conecta sistemas e solicita e retorna dados, sempre por meio de endpoints. Assim, o desenvolvedor front-end conecta esses endpoints em páginas para exibir conteúdos formais como uma lista de produtos e serviços, e pode até mesmo manipular o conteúdo sem precisar interagir com os servidores da web de uma maneira geral. Fixar o treinamento profissional cruzado de seu Time existente manterá o equilíbrio das tarefas, mas, se possível, contrate desenvolvedores front-end adicionais para segurança do projeto.
Procure criar um cronograma realista e sólido. Digo sempre, que Roma não foi construída em um dia, e seu primeiro site headless não será construído em três meses e por aí adiante. Toda a complexidade de um projeto headless justifica uma duração de projeto mais longa e firme. Seu Time não está apenas construindo uma API e reavaliando a funcionalidade existente, mas também precisará de tempo para executar os testes e iterações necessários para validar que o Time atingiu o conjunto completo de metas de sucesso duradouro.
Assim, para estimar o esforço para construir a API, escaneie o catálogo de funcionalidades para requisitos relacionados à exibição de conteúdo pré-existentes. Dessa forma, revelará os endpoints de API necessários para sua apresentação. Vou dar outra dica, um atalho é assumir que cada elemento de página precisa de um endpoint de API em conjunto, dessa maneira, alguns podem ser compartilhados, mas é mais seguro superestimar em projetos headless complexos.
Enfim, trabalhar soluções headless tendem a envolver camadas mais distintas de software, e cada camada pode ter sua própria funcionalidade de armazenamento de dados, também conhecida como cache, que todos nós conhecemos.
Procure avaliar cuidadosamente sua estratégia de cache e reserve um tempo extra para trabalhar nas nuances das tecnologias recém-introduzidas em seu projeto.
Pense nisso.
Sergio Mansilha