segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Como usar a Tecnologia de Consumo no Marketing.

Tudo tem o seu momento, é notório que o marketing de mídia social está ficando um pouco sem brilho.

Pessoal, muitas marcas se apegam a táticas fora de sintonia para se conectar com o público, convencidas de que copiar tendências virais ou perseguir métricas de vaidade as tornará magicamente populares entre todos. Como essa forma interpreta mal o objetivo de plataformas de mídia social como, Instagram, YouTube, TikTok, essas plataformas, com as marcas as vendo apenas como mais uma máquina de marketing que elas podem manipular para entregar resultados nem sempre confiáveis.

Notem, que ao perseguir tendências de curto prazo, as marcas de tecnologia estão prejudicando seu sucesso de longo prazo de uma maneira muito rápida.

Um universo de pessoas não responde a conteúdo perfeitamente curado, voltado para vendas, ou a parcerias de influenciadores excessivamente roteirizadas tentando vender a elas um estilo de vida que na sua maioria das vezes é incompatível e inconsistente.  Sabem porquê?

As pessoas hoje querem uma sensação de conexão!

Numa pesquisa que passei vistas 48% dos consumidores confiam em produtos apoiados por influenciadores e 92% valorizam recomendações de colegas da publicidade tradicional.

Dessa forma, as marcas também precisam perceber que não estão mais vendendo produtos e/ou serviços, mas sim momentos culturais e experiências inspiradoras, e isso é especialmente verdadeiro para marcas de tecnologia de consumo no mundo atual.

Notem, que as marcas de tecnologia usam criadores para vender momentos culturais, não produtos expansivos.

Com essa tendência, é que as marcas mais bem-sucedidas em 2024 sabem como vender ou capitalizar momentos culturais aproveitando o poder de um rosto familiar, estendendo esse poder além da tela do telefone e usando-o para potencializar campanhas digitais out-of-home (DOOH) e above-the-line (ATL), todas correlatas.

A minha dica, é que isso me leva às oportunidades interessantes que estão surgindo no espaço do criador e como as marcas de tecnologia de consumo podem aproveitar os criadores para produzir resultados de ponta não apenas nas plataformas de mídia social, mas em todo o seu ecossistema de marketing em conjunto.

Esse é o momento, pois, os criadores agora estão deixando sua marca na grande mídia, reparem que o "boom dos criadores" de 2024 está vendo 54%(segundo pesquisas) dos anunciantes aumentando seus gastos em conteúdo liderado por criadores, e muitos desses anunciantes estão amplificando esse conteúdo, trazendo-o para o mainstream simultaneamente.

Então, este é um momento emocionante para marcas de tecnologia de consumo criarem campanhas impactantes e multiplataforma que aprofundem suas conexões com os consumidores e promovam engajamento significativo em todos os pontos de contato direto.

E tudo indica que os criadores estão se tornando mais como guias para a jornada de compra, isso é uma prova do impacto do conteúdo liderado por criadores, pois, enquanto no passado as marcas usavam criadores para engajamento inicial, os mais engajados mostram, por meio de sua abordagem de comunidade em primeiro lugar, o quão eficaz pode ser engaja-los em cada estágio do funil de marketing em grandes proporções.

Reparem, que em vez de empurrar seus produtos e serviços na cara das pessoas, esses criadores se concentram em estimular conversas.

Mas de que forma Sergio?

Simples, desde despertar a curiosidade com vídeos até gerar consideração por meio de tutoriais de receitas e impulsionar conversões com avaliações autênticas, assim, os criadores nutrirão seus públicos durante toda a jornada de compra, agindo mais como guias confiáveis ​​do que como artistas.

Vamos entender que os consumidores podem experimentar plataformas indiretamente por meio de seus criadores favoritos, dando a eles a chance de visualizar o produto e serviços em suas próprias vidas. Essa é uma maneira eficaz, e isso mostra como outras marcas de tecnologia podem explorar o poder da narrativa liderada pelo criador para construir um loop de afinidade entre o consumidor, o criador e o produto e o serviço apropriado.

Mas Sergio, a IA pode eliminar as suposições das parcerias entre criadores?

Tenham na massa do sangue que à medida que o uso de criadores aumenta e se torna mais difundido, há uma ênfase maior no rastreamento da eficácia num todo. Não muito longe, esta era uma área relativamente opaca, mas na era da IA, as marcas agora podem acessar insights que mudam o jogo o tempo todo.

É apreciável saber que muitos estão usando ferramentas personalizadas para rastreamento de desempenho em tempo real, vendo exatamente como as campanhas do criador estão se saindo e por quê esse parâmetro pode ser confiável. Algumas plataformas constroem sua própria ferramenta para isso, para prever a trajetória das postagens, analisar o que faz um vídeo decolar naqueles primeiros segundos críticos e fornecer um modelo para replicar esse sucesso em tempo real.

Afirmo que, esse nível de percepção permite que as marcas invistam em colaboração com criadores com confiança, otimizem campanhas em qualquer lugar e garantam que cada centavo gasto em parcerias com criadores ofereça o máximo retorno sobre o investimento (ROI), esse crédito tão famoso esperado para os profissionais de marketing.

Enfim, com tantas possibilidades transformando o espaço do criador, as marcas que são as últimas na mesa correm o sério risco de desaparecer na irrelevância sistêmica. Digo, que as marcas de tecnologia de consumo têm muito a ganhar com as novas tendências que estamos testemunhando; conforme ondas de novos competidores entram no mercado, desenvolver uma estratégia de criador autêntica, orientada por dados e omnicanal pode ser a melhor chance de sobrevivência que elas têm agora e no futuro.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

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