segunda-feira, 29 de julho de 2024

O Potencial da Segmentação Contextual para o Marketing.

Muitos de vocês desconhecem, mas durante anos, a indústria defendeu a personalização, adaptando mensagens aos dados individuais do usuário num processo sequencial.

Pessoal, embora essa abordagem tenha se mostrado promissora, ela também gerou sérios problemas de privacidade, levando a regulamentações mais rígidas e crescente desconfiança do consumidor num modo geral. Com essa afirmação, a depreciação de cookies de terceiros, uma pedra angular da segmentação comportamental, está causando uma perda de sinalização que prejudica a eficácia dos anúncios personalizados de modo geral.

Então, pergunto:

De uma forma ampla, e se pudéssemos atingir relevância sem dados pessoais sistematicamente?

Em ato contínuo, e se pudéssemos alavancar o próprio conteúdo para criar conexões significativas, promovendo sinergia entre a mensagem e a experiência de visualização?

Essas duas perguntas traduzem, que esse é o poder da segmentação contextual.

De uma certa forma, a segmentação contextual se aprofunda nas nuances do conteúdo, pois, as emoções que ele evoca, os temas que ele explora, os produtos que ele exibe, são fatores cruciais e usa esse entendimento para entregar anúncios que melhoram a experiência de visualização em tempo real.

Coloque na massa do sangue, esse conjunto acima transforma cada posicionamento de anúncio em uma oportunidade de construir conexões em vez de interrompê-las.

Vocês devem fazer uma reflexão; imagine assistir a um programa de culinária e ver um anúncio do mesmo eletrodoméstico ou aproveitar um documentário de viagem e receber ofertas de viagem para destinos na tela, fatores positivos não acham.

Pois bem, essas não são intrusões aleatórias, mas extensões de valor agregado do conteúdo. Com essa indicação, ela é a essência da relevância contextual, transformando mensagens de marketing de interrupções indesejadas em extensões naturais da experiência de visualização, aumentando a intenção e o engajamento do consumidor, promovendo associações positivas de marca, tudo feito após a produção, sem posicionamento avançado do produto e/ou serviço.

Notem que essa abordagem vai muito além do reconhecimento facial ou de logotipo básico. De uma forma geral, ela aproveita a IA sofisticada e o aprendizado de máquina para decifrar os sentimentos subjacentes, temas e dicas emocionais sutis que moldam a experiência de visualização. Vejam só, ela permite granularidade e precisão que elevam a publicidade de um jogo de adivinhação para um diálogo estratégico eficaz.

Numa reunião na semana passada com um CEO de uma grande empresa, o mesmo me informou que sua instituição vem trabalhando nesta tecnologia há algum tempo, criando taxonomias complexas, treinando modelos de IA e soluções pioneiras que liberam todo o potencial da segmentação contextual. Ele também me disse, que com os seus parceiros (sou um deles), foi testemunhado como ela pode aumentar a segurança da marca ao garantir que os anúncios sejam colocados no contexto certo, aumentando o engajamento do conteúdo ao entregar

mensagens relevantes e impulsionando conversões ao capitalizar momentos de alto interesse do espectador e verdadeira intenção do usuário contínuo.

Pessoal, vou dar exemplo, em uma das séries de sucesso de longa data de alguns dos meus clientes, os espectadores podem pausar a ação e comprar itens apresentados no programa, resultando em maiores taxas de engajamento rápido.

Olhem só, os primeiros sucessos ressaltam o potencial da segmentação contextual para integrar perfeitamente o comércio à experiência de conteúdo, criando um cenário vencedor para marcas e consumidores, nessa coalizão, a ascensão dos serviços de streaming, com suas vastas bibliotecas de conteúdo e audiência diversificada, fornece o ambiente perfeito para a segmentação contextual.

Sabem porquê?

Digo sempre, ela permite que os anunciantes vão além de dados demográficos amplos e se conectem com os espectadores com base em suas escolhas específicas de conteúdo, maximizando a relevância e o engajamento, quero dize, isso é crucial em um momento de maior sensibilidade em torno da privacidade e do uso de dados formais e informais.

De uma forma pragmática, além disso, em um ano eleitoral no Brasil, em meio a um ciclo de notícias particularmente movimentado, a necessidade de segurança da marca é crítica. Assim afirmo, que a segmentação contextual oferece uma solução robusta ao garantir que os anúncios se alinhem com o conteúdo certo, mitigando riscos de reputação para marcas e fomentando a confiança do consumidor em todos os níveis

Porém, como qualquer tecnologia emergente e criativa, isso requer uma curva de aprendizado sólida. É uma regra, como os consumidores se adaptaram à publicidade via pesquisa e e-mail, eles precisarão de tempo para adotar conteúdo comprável e anúncios contextualmente relevantes.

De uma forma sólida a educação e transparência são essenciais, permitindo que os consumidores entendam os benefícios dessa abordagem e apreciem seu papel na criação de uma experiência de anúncio mais envolvente, relevante e afirmativo.

Enfim, o futuro da publicidade não está na personalização intrusiva, mas na contextualização inteligente, pois, trata-se de entender o conteúdo, respeitar a privacidade do usuário e entregar valor às marcas e aos espectadores. Simples assim, trata-se de fazer com que cada anúncio conte, transformando momentos fugazes em conexões significativas, bem como, tornar a experiência do anúncio tão envolvente e relevante quanto a programação em si, promovendo sinergia que beneficia todos os envolvidos possam participar.

Digo sempre, em um mundo onde cada momento conta, a segmentação contextual oferece um caminho a seguir que é eficaz e ético, abrindo caminho para um ecossistema de marketing mais significativo e sustentável para todos.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

segunda-feira, 22 de julho de 2024

A IA Generativa não é o Futuro do Marketing, é parte do seu Presente.

Tenho escrito bastante sobre esse tema, pois, à medida que a IA ​​generativa (GenAI) cresce, a visibilidade e as associações das marcas nos conjuntos de dados de grandes modelos de linguagem serão essenciais, evidente, se os profissionais de marketing puderem vinculá-las à participação de mercado.

Pessoal, digo sempre que podemos estar no início de uma nova era na comunicação. Num passado recente, tivemos as eras impressas e eletrônicas, e as placas tectônicas agora estão mudando da era digital para a era da IA ​​generativa.

Com esse impulso dentro do marketing, todos os tipos de coisas novas surgirão para tirar vantagem da nova tecnologia. Cito alguns, como:

Novos papéis, novas habilidades, novas marcas, novos objetivos, novas táticas, novas agências, novas formas criativas, novas técnicas de produção, novos métodos de pesquisa. E o carro chefe de todos, novas métricas para nos ajudar a rastrear o sucesso.

Saliento que é sempre importante pensar sobre o que não é novo e o que não está mudando também.

Sabem porquê?

Vamos então, entender; muito do que é novo em marketing é construído por pessoas sem nenhuma compreensão real dos fundamentos e do que comprovadamente funciona. Na conexão desse modelo, vou dar uma dica, sempre que penso sobre o que está por vir, meu instinto é tentar conectar isso ao que já aconteceu antes.

Vocês já notaram, que a maioria das ideias aparentemente novas, elas nunca são 100% novas, mas são sempre combinações e evoluções de ideias anteriores. Meio eloquente, pois na verdade, para que novas ideias ganhem força, elas geralmente precisam ser originais e também familiares.  Guarde isso na massa do sangue, a novidade ajuda a chamar a atenção e a familiaridade ajuda a torná-las fáceis de adotar.

Pensando numa divulgação completa, algumas empresas que presto mentoria, estão explorando a participação do modelo como uma métrica de marketing, sendo que algumas, estão construindo uma plataforma para ajudar a monitorá-la e trabalhando com várias marcas para fazê-la funcionar na prática como uma ferramenta de gerenciamento de marca.

Seguindo nesse raciocínio, antes de analisar qual é a participação do modelo e o que ele pode se tornar, aqui vai uma breve sacada em sua participação de antecessores, eles são os gigantes em cujos ombros ele se apoia continuadamente.

No meu pensamento, a participação de mercado ou market share é o paciente inicial de todas as métricas de participação de algo. Vamos no passado para entender que ela realmente pegou a partir da década de 1950 com a explosão da produção em massa e do consumismo em massa, à medida que os mercados globais cresciam, a competição se intensificava e avaliar a posição de mercado de uma empresa em relação aos concorrentes se tornava uma prioridade máxima.

E nesse valor, notoriamente as empresas anteriormente confiavam em evidências anedóticas e intuição para avaliar suas posições de mercado, mas a partir dos anos 50 que já citei, as empresas começaram a coletar dados de forma mais sistemática e em uma escala maior, conduzindo pesquisas, rastreando vendas e usando métodos estatísticos mais sofisticados. A ascensão simultânea dos primeiros computadores possibilitou tudo isso de uma forma muito rápida.

Nesse modelo e embora o crescimento da participação de mercado continue sendo uma meta primária para a maioria das marcas, nos últimos 25 anos o foco, pelo menos em marketing, parece ter mudado um pouco para métricas que estão mais sob o controle cada vez mais restrito do marketing, são mais fáceis de monitorar e se movem mais rapidamente.

E fiquem ciente, que os profissionais de marketing de hoje são viciados na gratificação instantânea de métricas que veem mudanças maiores e mais rápidas., pois, a participação de mercado talvez seja mais adequada para categorias estáveis ​​e maduras, e um pouco difícil de acompanhar em categorias dinâmicas e emergentes, o que pode significar que se tornou menos uma bússola para alguns, por mais errado que isso possa ser.

O objetivo atual é a métrica 'participação de' para a era GenAI, e acontece da seguinte maneira:

Sistematicamente como as métricas anteriores de "participação de", o desenvolvimento de cada uma delas está intrinsecamente ligado à tecnologia de marketing emergente ou dominante da época, o modelo de participação de mercado chegou de mãos dadas com uma nova era no marketing e uma nova fonte de dados disponível e abrangente em todos os pontos cruciais.

Essa sinopse em relação às marcas é essencialmente a soma total de tudo em seus conjuntos de dados sobre uma marca, seus pontos de contato, suas comunicações e, cada vez mais, o novo conteúdo que cada modelo pode encontrar sobre o que os consumidores pensam, sentem e fazem em relação a ela. Reparem que se baseia tudo em um só lugar, e tudo de graça, ou pelo menos sem a necessidade de pesquisas e painéis caros.

É notório que qualquer vasto repositório de dados sobre uma marca que seja essencialmente gratuito será interessante para os profissionais de marketing, e por isso a corrida tem sido para encontrar maneiras robustas, estáveis ​​e replicáveis ​​de organizar.

Porém, não se trata apenas de visibilidade, também pode ser sobre posicionamento de marca, numa forma mais simples, posicionamento de marca é sobre melhorar associações positivas de marca, reduzir associações negativas e distinguir uma marca em associações-chave onde há uma oportunidade para diferenciação relativa.

O compartilhamento desse modelo também pode ajudar aqui nesta narrativa, pois, LLMs podem gerar clusters de associações positivas e negativas com marcas e categorias, e assim podemos usá-los para comparar uma marca com seus concorrentes nessas associações e rastreá-las ao longo do tempo. Então, os modelos podem ser uma ótima fonte de insights de posicionamento de marca, como uma entrada para ajudar a identificar associações positivas de marca a serem construídas, associações negativas a serem reduzidas e diferenças relativas para distinguir ainda mais uma marca, e como uma saída para rastrear o progresso em direção a um posicionamento ideal.

Sergio, o que vem a seguir para a participação do modelo?

Olhem só, é muito cedo para dizer se o modelo de participação terá a utilidade universal que tem sido a chave para o sucesso de seus predecessores, e há muito trabalho a ser feito para que ele se torne tão conhecido e usado em suas práticas.

Não há dúvidas, que algumas marcas e profissionais de marketing usarão isso como uma razão para abrir as comportas para grandes quantidades de conteúdo de IA ruim de todos os tipos para tentar manipular os modelos, como nos primeiros dias do marketing de mecanismos de busca.

Enfim, espero que as pessoas usem isso para ajudar a criar comunicações estratégicas melhores, mais duradouras e com um objetivo maior, ou seja, aumentar a participação de mercado, e não apenas obter um aumento de curto prazo para sua medida de participação no modelo.

Pense nisso.

Sergio Mansilha


segunda-feira, 15 de julho de 2024

O Marketing e o Valor Vitalício (LTV) em sua Estratégia.

Muitos de vocês desconhecem, mas essa linha sobre o LTV é muito importante, até mesmo porque a pergunta abaixo é sempre notória.

Por que o valor vitalício (LTV) deve orientar sua estratégia de anúncios online constantemente?

Pessoal, vocês já notaram que quando oferecemos algumas escolhas a uma criança, como, um biscoito agora, ou três daqui a uma hora; e você pode prever o resultado. Pois bem, a maioria de nós, crianças e adultos, anseia por gratificação imediata, dessa forma, profissionais com clientes para satisfazer também sentem a necessidade de mostrar bons resultados hoje, em vez de prometer melhores amanhã, porém, os negócios mais bem-sucedidos são aqueles que pensam e agem a longo prazo, e a indústria da publicidade está reconhecendo que a maximização dos lucros acontece ao longo de um ininterrupto processo.

Vejam só, com a crescente necessidade de campanhas estratégicas de anúncios online para atingir públicos-alvo, o sucesso delas tem sido tradicionalmente medido pelo retorno sobre investimento em publicidade, evidente, uma métrica calculada com base em conversões individuais e contínuas. Assim, à medida que ferramentas como IA permitem que os anunciantes reúnam e prevejam mais dados, uma mudança de paradigma está levando o setor do padrão ROAS (Return on Advertising Spend) único para uma visão mais longitudinal de cálculos precisos.

Com esse embasamento, as estratégias de anúncios são cada vez mais orientadas pelo Lifetime Value (LTV), ajudando anunciantes e agências a investir em anúncios de melhor desempenho e obter lucros maiores.

Vou descortinar o ABC do LTV:

Para mim, está bastante sólido esse processo, pois, até recentemente visto como o inapreensível Santo Graal das ferramentas preditivas, o Lifetime Value (LTV) leva em conta a conversão inicial, compras repetidas, upsells, vendas cruzadas e retenção de clientes para estimar o valor de ponta a ponta de um cliente. É bastante notório que em termos atuariais, que levam em consideração o risco e a incerteza, é a receita total que uma empresa prevê de qualquer cliente individual ao longo de todo o seu relacionamento com esse negócio.

É fato, que quanto mais tempo um cliente com um alto valor médio de compra patrocina uma empresa, maior seu LTV.

Vamos considerar o seguinte cenário:

Isabel compra um produto de uma empresa por R$100,00, mas nunca devolve. Marcos compra inicialmente outro produto da empresa por apenas R$50,00, mas depois faz três compras subsequentes de R$50,00 cada. Notem, que o primeiro cliente gerou um retorno imediato de R$100,00, o que, por meio de uma lente ROAS tradicional, seria satisfatório. No entanto, o segundo levou mais tempo, mas gastou o dobro. Então, no processo, eles desenvolveram um relacionamento mais longo com a empresa e talvez até a recomendassem a outros. A abordagem de longo prazo afirma o maior potencial do LTV, evidente.

Vamos também entender o gerenciamento de anúncios baseado em LTV. De uma forma contínua, ao otimizar campanhas para identificar e atingir clientes com LTV mais alto, as empresas podem aumentar sua lucratividade geral e atingir um crescimento sustentável. Digo sempre, que é necessário alocar orçamentos de publicidade com base no desempenho de plataformas de anúncios, campanhas e criativos de anúncios que rastreiam o valor da vida útil, em vez de depender apenas do ROAS.

Então eis a pergunta, com os benefícios claros do LTV, o que é preciso para converter mais profissionais de anúncios?

Simples, além do atoleiro da inércia, é uma maneira como sempre fazem, existem alguns desafios importantes que exigem tempo, ferramentas e tenacidade para adotar essa abordagem, como:

A total acessibilidade de dados - Induz o gerenciamento de anúncios baseado em LTV, pois, requer dados mais robustos de uma variedade de fontes. Vou dar um exemplo, vejam o Google, ele sabe quando as pessoas compram produtos em plataformas de comércio eletrônico por meio de seus anúncios. Já o notório Shopify, por outro lado, pode identificar se os clientes são novos ou existentes e pode rastrear se os clientes entram organicamente e quando eles fazem compras de retorno. No entanto, o Google não tem acesso a essa gama de dados, então ambas as fontes habilitariam melhor o LTV. A fonte de tudo é capturar e analisar os benefícios dos dados do cliente da integração de diferentes elementos, de software de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) a ferramentas de análise, para melhor rastrear e mensurar o comportamento do comprador.

A variedade da complexidade de atribuição – Em diversos pontos, como, de acidentes automobilísticos a aconselhamento matrimonial e rastreamento de contatos da Covid-19, a causalidade é um fator complicado para determinar a geometria retrospectiva de uma situação.

Eis a pergunta, o que levou um consumidor a comprar um produto específico?

Pessoal, além de responder a uma pesquisa de marketing, há uma série de catalisadores, desde ver um anúncio até atender à recomendação de um amigo. Então, para rastrear vendas e receitas para campanhas ou plataformas de anúncios específicos pode ser complexo, principalmente quando os clientes interagem com vários pontos de contato. A minha dica, é que empregar modelos avançados de atribuição e utilizar ferramentas que forneçam insights abrangentes de dados pode ajudar a superar esse desafio.

Criar a modelagem preditiva – É notório que avanços recentes em inteligência artificial aumentaram as capacidades da modelagem preditiva, não apenas em publicidade e marketing, mas em medicina, transporte, agricultura, manufatura, educação e segurança cibernética. Tenham ciência que prever o LTV do cliente com precisão é crucial para tomar decisões informadas sobre publicidade. Dessa forma, a melhor maneira corretiva é alavancar algoritmos de aprendizado de máquina e dados históricos do cliente, assim, as empresas podem construir melhores modelos preditivos para estimar o LTV e alocar recursos estrategicamente.

Rastrear testes e otimização – Na minha experiência, não importa o quão avançadas as ferramentas tecnológicas se tornem, os humanos sempre precisarão ajustar os sistemas e corrigir o curso conforme necessário. Nessa minha afirmação, testemunhe a falibilidade da IA, sim, incluindo notícias recentes pelo mundo sobre advogados que entraram com vários resumos em processos que se apoiam em citações obtidas pelo ChatGPT, são fatos que se mostraram fictícios.

Digo sempre, a prova para os anunciantes e seus clientes está nos resultados., pois, o gerenciamento de anúncios baseado em LTV requer testes e otimização contínuos.

Enfim, essas formas de experimentar diferentes criativos de anúncios, plataformas e estratégias de segmentação é essencial e fundamental para identificar as combinações de melhor desempenho que maximizam o LTV continuadamente.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

segunda-feira, 8 de julho de 2024

O Marketing e a Sustentabilidade.

Vocês já notaram que há uma tensão inerente entre consumismo e sustentabilidade.

Mas de que maneira Sergio?

Vejam, numa forma análoga, de uma perspectiva empresarial, o nosso consumismo historicamente nos impeliu a lutar por crescimento constante, já que o desejo dos acionistas no mundo empresarial por ganhos rápidos de receita era priorizado acima de tudo e de todos.

Pessoal, a sustentabilidade pede que expandamos o foco de crescimento para incluir medidas para garantir que nossas ações não estejam resultando em danos irreparáveis ​​aos recursos do nosso planeta. Nesse contexto, esta não é uma proposta aleatória. Podemos ter ambos aspectos; existe um mundo onde podemos transformar essas tensões em soluções intencionais para o benefício de todos.

Nesse momento estamos a caminho de ultrapassar os recursos renováveis​​ da Terra para 2024 até 1º de agosto, reconhecido como o dia da sobrecarga da terra. De uma certa forma lamentável, isso não é chocante quando consideramos que somos incentivados individualmente centenas a milhares de vezes por dia com pequenas interações em todos os lugares que vamos​, para continuar a consumir. Como sempre digo, se não estamos comprando, devemos estar morrendo.

Dessa forma, como profissionais de marketing, temos tido imenso sucesso em ajudar nossas marcas parceiras e clientes a atingir e, muitas vezes, exceder suas metas.

De que forma Sergio?

Planejando, criando e colocando milhões de anúncios digitais que aparecem nas pesquisas do Google e feeds sociais ou nos outdoors que passamos diariamente. Digo isso, porque nossos esforços coletivos funcionaram muito bem.

Notem, e eu digo, de fato, que é difícil exagerar o poder que o marketing teve em nossa cultura. Campanhas icônicas como os anúncios diversos em nosso planeta não apenas venderam produtos, eles reformularam narrativas sociais.

Pessoal, o marketing tem a capacidade de alterar mentalidades e comportamentos profundamente arraigados em uma escala massiva. Esse pensamento foi narrado de forma mais sucinta no livro Your Money's Worth de 1927, no qual, é descrito numa frase célebre:

É uma técnica magnífica, aplicada com sensatez, ela poderia refazer o mundo.

Olhem o seu poder, basta olhar para a maneira como os governos tiveram que regular a indústria ao longo dos anos. Há muitos anos atrás, foi aprovada uma legislação para restringir severamente as maneiras pelas quais as empresas de tabaco poderiam comercializar seus produtos devido aos riscos comprovados à saúde humana, porém, antes disso, o tabaco reinava como um modo de vida, em grande parte impulsionado pela maneira como as empresas apresentavam seus produtos em sua publicidade. Conduzindo e avançando para os últimos anos, pergunto:

Quantas leis foram aprovadas no Brasil, para restringir como as empresas de combustíveis fósseis podem comercializar seus produtos?

Isso ocorre porque os combustíveis fósseis estão no mesmo caminho agora que o tabaco estava há 50 anos, com a principal diferença sendo que em nossa economia global atual é impossível não depender de combustíveis fósseis para alguma coisa.

Não podemos esquecer que a sustentabilidade tem aumentado constantemente, embora não no ritmo do consumismo. Um valor abstrato, o que começou como um projeto moral paralelo em muitas organizações, agora se tornou uma aposta de mesa para fazer negócios para muitas outras, bem como uma vantagem estratégica para os operadores mais experientes.

Notem que os consumidores estão exigindo produtos e serviços que reflitam seus próprios conjuntos de valores, numa pesquisa que passei vistas, dita que 97% dos consumidores dos EUA estão dizendo que tentam viver de forma sustentável pelo menos parte do tempo.

Pergunto, como a indústria de marketing e mídia navega nessa tensão entre o modelo de negócios de crescimento constante e a adoção da sustentabilidade?

Difícil não, precisamos mudar a narrativa. De uma certa forma, é ingênuo pensar que os consumidores irão alterar repentinamente o comportamento imediatamente ao ouvir ou ver novas mensagens. Essa prática requer que os consumidores tenham um reconhecimento da codependência do consumo e do poder que todos nós temos como indivíduos de nos inclinarmos para questões que muitas vezes parecem grandes demais para causar impacto.

Essa percepção do consumidor sobre valor precisa ser revisada pelo bem do consumo, ou seja, para consumo pelo bem da sustentabilidade e do crescimento, ou, mais precisamente:

Crescimento sustentável!

Sabemos que o consumo não vai parar, nem queremos que pare, evidente, mas também sabemos que coletivamente podemos fazer melhor. É fato, que os produtos e serviços existem e as organizações orientadas por valores também existem.

Simplificando, os consumidores que querem mais de suas marcas e as indústrias que as impulsionam também existem.

Com essa narrativa, as empresas têm uma oportunidade significativa de atender a essas demandas para que todos possamos mover a agulha para um impacto mais rápido e significativo em nosso planeta, pessoas e lucros.

Lógico, tenho conhecimento que muitas organizações já estão trabalhando nisso, mas ainda há uma oportunidade significativa para muitas outras entenderem os benefícios de priorizar a sustentabilidade.

Nessa situação, mover a agulha na ação climática é uma estratégia de mitigação de risco, numa escala linear, é cada vez mais difícil projetar receitas ou despesas precisas para o futuro quando esse futuro é totalmente imprevisível no que diz respeito aos recursos necessários para operar e às ameaças às cadeias de suprimentos das quais todos dependemos.

No momento atual, os clientes, especialmente os mais jovens, estão procurando organizações nas quais possam confiar. Na semana passada passei vistas num artigo da Deloitte, no qual, explicita que quase metade da Geração Z (47%) pesquisada disse que a ética desempenhou um papel em sua escolha de emprego, bem como, impulsionar o desenvolvimento sustentável e, em seguida, garantir que o trabalho seja amplamente compartilhado. Isso aumenta a fidelidade do cliente e, para os colaboradores, desempenha um papel direto na contratação e retenção de talentos.

O termo sustentabilidade, ou, como muitos a denominaram nos últimos anos, a responsabilidade social corporativa VENDE, superando produtos comercializados convencionalmente em diversas categorias diferentes, de acordo com um estudo do centro de negócios sustentáveis ​​da NYU Stern, que passei vistas

Enfim, é certo que a transformação da sustentabilidade é mais fácil de ser postulada do que executada, especialmente para marcas há muito entrincheiradas com diversas categorias de produtos e conjuntos de clientes. Porém, digo sempre, as crises ambientais alteraram a psique do consumidor.

Vamos juntos, agora é a hora de uma nova maneira de pensar sobre os produtos e serviços que comercializamos e usamos, e, finalmente, novas ações para criar um mundo onde nem o crescimento nem a sustentabilidade sejam sacrificados em busca do outro.

Pense nisso.

Sergio Mansilha​  

segunda-feira, 1 de julho de 2024

O Impacto da IA nas Carreiras de Marketing.

Por um longo período a inteligência artificial (IA) está se tornando cada vez mais uma força penetrante em vários setores, e o marketing não é exceção, tenho escrito diversos artigos sobre esse tema.

É simples entender que, à medida que as tecnologias de IA evoluem com tanta rapidez, elas trazem implicações profundas e análogas para os empregos de marketing, alterando a forma corretiva como os profissionais de marketing trabalham e as habilidades de que precisam. De uma forma bastante categórica, essas transformações triviais levantam questões críticas e formais sobre o futuro das profissões de marketing em um mundo movido por IA.

Pessoal, o rápido avanço da IA ​​em todo o planeta sublinha uma mudança significativa nas exigências da força de trabalho, uma vez que quase cinco em cada seis empregadores dão agora prioridade à contratação de talentos qualificados em IA. Diante dessas pesquisas que passei vistas e apesar desta elevada procura, surpreendentes 85% dos empregadores relatam dificuldades em encontrar os talentos necessários em IA destacando uma lacuna crítica de competências no atual mercado de trabalho.

Com esse aspecto diferenciado, este desafio surge num contexto de crescimento transformador, com 95% dos empregadores esperando que as suas organizações sejam impulsionadas pelas tecnologias de IA até 2027.

Notem que o impacto da IA ​​no marketing é duplo, ou seja, ela apresenta ameaças potenciais ao automatizar funções tradicionais de marketing, mas também oferece vantagens sem precedentes ao aprimorar capacidades analíticas e de engajamento.

Simples, navegar nesse cenário requer uma compreensão dos desafios e oportunidades apresentados pela IA.

Como buscar alternativas para amenizar a IA como uma ameaça para empregos de marketing?

Então, a integração da IA ​​no marketing despertou receios de perda de empregos, uma vez que os sistemas automatizados podem executar tarefas como análise de dados, segmentação de clientes e até criação de conteúdos mais rapidamente e com menos erros do que os humanos. Vou citar um exemplo, ferramentas baseadas em IA podem analisar padrões de comportamento do consumidor e gerar insights em tempo real, reduzindo a necessidade de trabalhos manuais de processamento de dados.

Com essa contribuição, a ascensão da publicidade programática, que usa IA para comprar e colocar anúncios, ameaça marginalizar papéis tradicionalmente preenchidos por planejadores e compradores de mídia. Fiquem cientes que essas tecnologias otimizam esforços de publicidade que antes eram intensivos em mão de obra, potencialmente diminuindo a demanda por essas posições em departamentos de marketing.

Mas, ainda existe um outro lado, embora a IA possa substituir certas tarefas, também exige uma mudança nas competências e nas funções, pois, os profissionais de marketing podem enfrentar o desafio de se adaptarem a um cenário onde suas funções tradicionais evoluem ou correm o risco de obsolescência em uma indústria cada vez mais automatizada.

Será a IA como uma bênção para empregos de marketing?

De uma certa forma, ao contrário da narrativa de ameaça, a IA também traz inúmeros benefícios aos profissionais de marketing.

De que maneira?

Com uma força segmentada, ela aprimora a criatividade e a tomada de decisões estratégicas ao fornecer aos profissionais de marketing insights mais profundos sobre as preferências e o comportamento do cliente. Sendo objetivo, essas ferramentas como análise preditiva permitem que os profissionais de marketing antecipem tendências de mercado e adaptem suas estratégias de acordo com o essencial, agregando valor às suas funções.

Vamos entender que a IA também facilita o marketing personalizado em grande escala, uma tarefa que seria esmagadora sem a ajuda automatizada. Assim sendo, ao aproveitar a IA, os profissionais de marketing podem fornecer anúncios e conteúdo altamente direcionados, melhorando o envolvimento e a satisfação do cliente. Vejam que essa capacidade transforma o marketing de uma abordagem de amplo espectro em uma disciplina mais precisa e eficaz.

Não poderia deixar de citar, que ferramentas de IA ajudam a gerenciar e analisar big data, um conjunto de habilidades que é cada vez mais indispensável em marketing, pois, profissionais equipados com competências de IA estão, portanto, se tornando mais cruciais do que nunca, destacando a importância da adaptabilidade na era digital.

Enfim, as implicações para profissionais de marketing não é um tiro no escuro, neste cenário em rápida mudança, é crucial que os profissionais de marketing adotem a IA, não como uma ameaça, mas como um aliado poderoso. Percebam que ao investir na aprendizagem e na adaptação às novas ferramentas de IA podem melhorar as suas capacidades estratégicas e garantir as suas funções no futuro, com essa compreensão à medida que a automação se torna mais predominante, a capacidade de trabalhar junto com a IA será uma habilidade valiosa.

Minha dica, os profissionais de marketing também devem se concentrar no desenvolvimento de habilidades que a IA não consegue replicar, como inteligência emocional, pensamento criativo e planejamento estratégico. Com essa formalidade, estas competências, combinadas com ferramentas de IA, podem elevar as suas estratégias de marketing, tornando-as mais eficazes e impactantes.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

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