Acredite, em pleno século XXI ainda existem empresas que adotam estratégias míopes para cortar custos.
Talvez uma das mais graves seja a alta rotatividade.
Veja bem: uma organização que cumpre deveres com clientes privados e públicos, através de contratos pré-definidos e que precisam de um retorno rápido e qualidade contínua em todos os processos de produção de um evento, por exemplo, não deveria permitir que a rotatividade de funcionários fosse a principal arma para cortar custos e, com isso, barganhar valores com os fornecedores.
Deixe-me explicar melhor. Fiz uma consultoria por um mês em uma empresa especializada em Marketing Promocional, na qual pude perceber que não havia planejamento, nem mesmo um cronograma para acompanhar e controlar as ações na produção de um evento.
Na qual ainda pude perceber a não aceitação de idéias e, pior, a não valorização do funcionário. Enfim, uma organização que não aceita o mínimo de contato com as redes sociais, possui apenas um site, como “vitrine”, e não busca outras formas de comunicação para se fazer presente.
Diante dos fatos, quero entender por qual motivo uma empresa que lida com COMUNICAÇÃO mantém funcionários em período de experiência constante com o intuito de não ter custos de admissão e demissão.
Será que acreditam que essa é uma forma de oferecer serviços de qualidade para o cliente, já que o corte de custos compensa ao adquirir melhores serviços?
Entretanto, quem são os responsáveis por definir os melhores fornecedores e bons preços?
É aquele funcionário que a empresa mantém por um ou dois meses, e depois troca por outro perdendo horas de treinamento?
Ou aquele no qual a empresa investe e qualifica, dando espaço e oportunidade para usar a sua criatividade?
Em pleno século XXI, com a web oferecendo diversas oportunidades para ganhar mercado, com profissionais cada vez mais capacitados e engajados com a missão, visão e valores de uma organização; não deveriam existir empresas que abandonam os sonhos de crescimento e desenvolvimento de uma geração que objetiva trazer às empresas novas possibilidades.
Não consigo enxergar um fator positivo sequer em aderir à alta rotatividade.
Vejo apenas uma gerência que ainda não conseguiu definir objetivos e que não possibilita à sua equipe espaço para fazerem um bom trabalho, na qual a centralização de ideias e decisões só atrasa o processo e o crescimento da marca.
E você, já foi vítima da alta rotatividade?
Sergio Mansilha