O Plano de Segurança por si só não é garantia de inviolabilidade, mas com certeza agrega valor ao contexto operacional das rotinas de Segurança e Vigilância de qualquer empresa. Geralmente, quando uma pessoa, por exemplo, elogia ou não um vigilante, seu gesto em algum momento vai de encontro ao que realizou ou deixou de realizar aquele profissional de linha de frente.
Nesse caso, é pouco provável que o manifesto tenha se originado pela boa ou má instrução ou treinamento passado pela Diretoria Operacional da empresa para o vigilante de linha de frente.
É claro que o Diretor, ou Gestor de Segurança tem muita importância no processo operacional como um todo, mas geralmente não são lembrados pelo público em situações de conflito. Se o fossem, a preparação e o treinamento constante do profissional em situação operacional deficiente seria muito mais eficiente.
Teríamos a disposição da comunidade outro perfil de serventuários, mais preparados, focados, eficazes. O entendimento acima nos leva a refletir sobre a preparação dos profissionais de linha de frente, sobre aqueles de menor nível hierárquico que muitas vezes por não terem um Plano de Segurança ou Instrução de Trabalho para consultar e seguir, acabam por cometer erros que, despadronizam suas atitudes. Qualquer que seja o profissional, ele tem que entender o processo que envolve o seu trabalho, compreender os motivos, as razões, os limites, os parâmetros que são a base dos procedimentos adotados por sua empresa.
Não obstante o que mencionamos retro, em algumas circunstâncias torna-se mais fácil dizer que um profissional pecou quando da execução das suas atividades profissionais. Porém, como gestores, diante de qualquer deficiência operacional têm que ter a sensibilidade para rever o processo, analisar a qualificação do homem, sua atividade, o entendimento que possui das suas atividades e responsabilidades, bem como, o meio social e profissional do qual se originou e também daquele que no momento está inserido profissionalmente.
Em meu entendimento, o sucesso ou insucesso do Plano de Segurança, no sentido mais amplo da expressão, vale da consideração e inclusão dos procedimentos a serem cumpridos, dos passos a serem seguidos nas mais diversas situações do cotidiano dos profissionais de linha de frente, pois eles constituem "peças" fundamentais e essenciais ao cumprimento das normas, a fixação da boa imagem de sua empresa quanto ao atendimento, à organização e qualidade dos serviços prestados.
A motivação e o treinamento da equipe de profissionais de linha de frente é fator muito importante, pois a competência de sua instituição/organização depende da competência daqueles profissionais que, nas 24hs do dia serão seus olhos e terão que representar a organização sempre com alto grau de excelência. Ou seja, a reação a qualquer agressão por parte de profissional de segurança despreparado pode gerar resultados inesperados e com o máximo dado para as partes envolvidas.
Mantenha sua equipe de colaboradores sempre treinada. Disponibilize um Plano de Segurança com vasta gama de sugestões de como agir em situações críticas e de contingência.
Sergio Mansilha