Pois é, o cenário de marketing sempre foi uma tapeçaria complexa tecida a partir de fios de criatividade, estratégia e uma compreensão em constante evolução do comportamento do consumidor em todos os aspectos.
Pessoal, porém, definir marketing em termos precisos continua sendo um desafio muito grande. Quero destacar que essa luta continua, ressaltando uma tensão fundamental, ou seja, o impulso para eficácia mensurável versus a necessidade de criatividade desenfreada em todos os tempos.
Então será que uma abordagem única está prejudicando o potencial diversificado do marketing?
Vejam que, num setor que prospera com a inovação, há uma preocupação crescente de que uma ênfase exagerada em métricas de desempenho esteja direcionando o marketing para um foco mais tático e de curto prazo numa linha reta. Toda essa mudança corre o risco de marginalizar a visão estratégica e de longo prazo que a verdadeira excelência em marketing exige sempre.
Notem uma coisa, quando as campanhas são julgadas predominantemente por retornos imediatos, o espaço para tomada de risco criativa se estreita, potencialmente sufocando a própria engenhosidade que pode diferenciar uma marca de modo avassalador.
Tenho falado constantemente e abertamente sobre a necessidade de maior eficácia no marketing, defendendo estratégias que forneçam resultados quantificáveis. Essa minha perspectiva, embora valiosa, está profundamente enraizada no setor de bens de consumo embalados nessa tática, ou seja, um mundo de produtos de rápido movimento e amplas bases de consumidores atentos.
Como sempre, nada é sólido, aqui está o problema. Vejam que empresas B2B, sem fins lucrativos e pequenas empresas operam sob diferentes paradigmas, onde os relacionamentos são cultivados ao longo do tempo e o sucesso nem sempre é imediatamente mensurável em todo o momento.
Então Sergio, o ponto de vista centrado no CPG é a bússola certa para toda a indústria e serviços?
Pessoal, há um perigo em permitir que uma voz dominante, não importa quão experiente, defina a agenda para um campo tão diverso em várias raízes. A maioria das estratégias de marketing que fazem maravilhas para corporações multinacionais podem não se traduzir para as necessidades diferenciadas de empresas menores ou organizações fora da esfera de bens de consumo diversos. Dessa forma, os desafios únicos enfrentados por profissionais de marketing B2B ou organizações de caridade exigem abordagens personalizadas que um manual universal pode ignorar o tempo todo.
Ressalto também, que por maior eficácia coincide com um impulso por maior sustentabilidade, pois um objetivo nobre, mas que introduz suas próprias complexidades diversas. Toda a busca pelo crescimento historicamente tem estado em desacordo com a administração ambiental em todo o lugar.
Vejo que, à medida que os profissionais de marketing visam impulsionar as vendas e expandir a participação de mercado, eles também devem lidar com o impacto ambiental de suas estratégias com muita objetividade. Em todo o momento, equilibrar esses objetivos exige uma abordagem diferenciada que reconheça as potenciais compensações entre crescimento e sustentabilidade.
Quero dizer também, que as vozes de pequenas empresas e setores B2B sugerem que o marketing está, de muitas maneiras, prosperando o tempo todo, pois, essas áreas geralmente exibem inovação notável, alavancando recursos limitados para criar campanhas impactantes que ressoam profundamente com seus públicos, alcançando os seus objetivos. Grandes histórias de sucesso destacam a vitalidade da indústria fora da sombra dos gigantes globais em toda a parte.
Acredito que talvez seja hora de abraçar a ideia de que a força do marketing está na sua diversidade, que é muito ampla. Vamos entender que, tentar unificar o campo sob um único conjunto de padrões ou estratégias pode ser não apenas impraticável, mas também prejudicial num determinado momento.
Vou dar uma dica:
Uma abordagem única para todos corre o risco de diluir as vantagens únicas que diferentes setores trazem para a mesa com muita rapidez.
Digo sempre, que em vez de se unir atrás de um manual padrão, a indústria pode se beneficiar ao promover um cenário onde múltiplas perspectivas são valorizadas e onde a criatividade não é sacrificada no altar da eficácia. Incentivar uma variedade de abordagens pode levar a soluções mais ricas e inovadoras que atendem às necessidades específicas de diferentes mercados em várias épocas.
No entanto, numa era em que a personalização é essencial e o público está mais segmentado do que nunca, flexibilidade e adaptabilidade devem ser as palavras de ordem para os profissionais de marketing seguirem, pois, ao reconhecer e celebrar a diversidade do setor, podemos garantir que o marketing permaneça não apenas eficaz, mas também vibrante e com visão de futuro completa.
Enfim, o objetivo não deve ser encontrar uma resposta definitiva para o que é marketing ou impor uma metodologia singular e eficaz.
Vai outra dica; devemos nos concentrar em cultivar um ambiente onde a criatividade e a eficácia coexistem, num espaço onde diferentes vozes contribuem para uma indústria mais rica e dinâmica e muito moderna. Assim, só então podemos navegar pelas complexidades do marketing moderno e realmente nos conectar com os públicos variados que pretendemos atender sempre.
Pense nisso.
Sergio Mansilha