O ciclo PDCA ganhou
notoriedade na década de 50, através do professor William Edwards Deming, que
ganhou o reconhecimento pelo seu trabalho em favor do aperfeiçoamento dos
processos produtivos nos Estados Unidos, porém o criador do ciclo PDCA foi um
físico norte-americano, chamado Walter Andrew Shewart, na década de 20. Shewart
é reconhecido como pioneiro na adoção do controle estatístico de
qualidade.
William Edwards
Deming sempre enfatizou a necessidade de iterações (repetições) para a melhoria
de um sistema, daí o fato de o PDCA ser repetidamente implementado em espirais
de aumento de conhecimento e melhoria continua convergindo para o objetivo
final. A iteração (repetidas vezes), uma vez que uma hipótese é confirmada (ou
negada), e a execução do ciclo novamente vai ampliar o conhecimento adiante.
Repetir o ciclo PDCA pode trazer-nos mais perto do objetivo, geralmente o perfeito
funcionamento e o resultado correto no final.
No início de um
projeto, as informações chaves podem não ser conhecidas, o PDCA como método de
base científica fornece informações para justificar nossas suposições
(hipóteses) e aumentar o nosso conhecimento. Ao invés de introduzir a “paralisia da
análise” para ficar perfeito na primeira vez, é melhor estar aproximadamente
certo do que exatamente errado. Com o conhecimento melhorado, podemos optar por
aprimorar ou alterar o objetivo (estado ideal). Certamente, a abordagem do ciclo
PDCA pode trazer-nos mais perto de qualquer meta definida.
Para entender o PDCA
é importante compreender o que é o controle estatístico de qualidade, de modo a
fazer uma leitura mais qualificada do pensamento do seu criador.
Dessa forma, o
controle estatístico da qualidade consiste num método usado para identificar
diferenças entre unidades produzidas, tentando identificar quais são as causas
dessas variações, se elas são parte de um processo natural, causado por
variáveis fora de controle e com desequilíbrios pequenos, difíceis de serem
percebidos, ou se são falhas no processo, que causam diferenças perceptíveis,
que devem ser corrigidas.
O processo de
identificação dessas não conformidades é estatístico, com base em amostras
colhidas na produção. Em outras palavras, percebe-se que é um modelo de apoio à
gestão da qualidade com ênfase no processo industrial, mas que poderá, mais tarde, ser
adotado em qualquer segmento de negócios.
As quatro etapas –
finalidade
Cada letra
representa uma etapa do PDCA, como abaixo:
– P de Plan –
Planejar, em português.
– D de Do – Fazer ou
executar.
– C de Check –
Checar, analisar, conferir.
– A de Action –
Ação, em português. Nesse caso a ação é reparadora, no sentido de corrigir as
falhas.
Num contexto geral a
finalidade do ciclo PDCA é muito simples e faz parte da cultura de inúmeras
organizações. Consiste em melhorar continuamente a qualidade dos processos a
partir de um controle rigoroso. Aplica-se a todas as atividades da empresa e
visa mitigar os erros na hora em que os gestores precisam tomar decisões
importantes.
Esse modelo é usado
para a construção do planejamento estratégico das empresas, que nada mais é do
que a tentativa de se ter controle sobre o máximo de variáveis possíveis do
negócio, sejam elas internas ou externas.
Enfatizo a
importância do planejamento e do quanto buscar sua excelência vai reduzir os
riscos de falhas, retrabalho e equívocos na hora da avaliação, mas também do
quanto é importante entender que planejar é um processo contínuo e dinâmico.
Sergio Mansilha