segunda-feira, 28 de agosto de 2017

PDCA

O ciclo PDCA ganhou notoriedade na década de 50, através do professor William Edwards Deming, que ganhou o reconhecimento pelo seu trabalho em favor do aperfeiçoamento dos processos produtivos nos Estados Unidos, porém o criador do ciclo PDCA foi um físico norte-americano, chamado Walter Andrew Shewart, na década de 20. Shewart é reconhecido como pioneiro na adoção do controle estatístico de qualidade. 
 
William Edwards Deming sempre enfatizou a necessidade de iterações (repetições) para a melhoria de um sistema, daí o fato de o PDCA ser repetidamente implementado em espirais de aumento de conhecimento e melhoria continua convergindo para o objetivo final. A iteração (repetidas vezes), uma vez que uma hipótese é confirmada (ou negada), e a execução do ciclo novamente vai ampliar o conhecimento adiante. Repetir o ciclo PDCA pode trazer-nos mais perto do objetivo, geralmente o perfeito funcionamento e o resultado correto no final.
 
No início de um projeto, as informações chaves podem não ser conhecidas, o PDCA como método de base científica fornece informações para justificar nossas suposições (hipóteses) e aumentar o nosso conhecimento. Ao invés de introduzir a “paralisia da análise” para ficar perfeito na primeira vez, é melhor estar aproximadamente certo do que exatamente errado. Com o conhecimento melhorado, podemos optar por aprimorar ou alterar o objetivo (estado ideal). Certamente, a abordagem do ciclo PDCA pode trazer-nos mais perto de qualquer meta definida.
 
Para entender o PDCA é importante compreender o que é o controle estatístico de qualidade, de modo a fazer uma leitura mais qualificada do pensamento do seu criador.
 
Dessa forma, o controle estatístico da qualidade consiste num método usado para identificar diferenças entre unidades produzidas, tentando identificar quais são as causas dessas variações, se elas são parte de um processo natural, causado por variáveis fora de controle e com desequilíbrios pequenos, difíceis de serem percebidos, ou se são falhas no processo, que causam diferenças perceptíveis, que devem ser corrigidas.
 
O processo de identificação dessas não conformidades é estatístico, com base em amostras colhidas na produção. Em outras palavras, percebe-se que é um modelo de apoio à gestão da qualidade com ênfase no processo industrial, mas que poderá, mais tarde, ser adotado em qualquer segmento de negócios.
 
As quatro etapas – finalidade
 
Cada letra representa uma etapa do PDCA, como abaixo:
 
– P de Plan – Planejar, em português.
 
– D de Do – Fazer ou executar.
 
– C de Check – Checar, analisar, conferir.
 
– A de Action – Ação, em português. Nesse caso a ação é reparadora, no sentido de corrigir as falhas.
 
Num contexto geral a finalidade do ciclo PDCA é muito simples e faz parte da cultura de inúmeras organizações. Consiste em melhorar continuamente a qualidade dos processos a partir de um controle rigoroso. Aplica-se a todas as atividades da empresa e visa mitigar os erros na hora em que os gestores precisam tomar decisões importantes.
 
Esse modelo é usado para a construção do planejamento estratégico das empresas, que nada mais é do que a tentativa de se ter controle sobre o máximo de variáveis possíveis do negócio, sejam elas internas ou externas.
 
Enfatizo a importância do planejamento e do quanto buscar sua excelência vai reduzir os riscos de falhas, retrabalho e equívocos na hora da avaliação, mas também do quanto é importante entender que planejar é um processo contínuo e dinâmico.
 
Sergio Mansilha

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