segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Novos desafios na gestão de pessoas

Esse novo ano, mais do que nunca, as empresas precisam de métodos práticos de avaliação de desempenho para identificar os talentos. E consequentemente definir quem fica e quem sai. Além disso, as práticas de remuneração devem ser reforçadas. As pessoas devem ser pagas de acordo com o valor que proporcionam para a empresa – uma combinação da importância do cargo e de como elas o exercem. 

O RH deve estar em uma posição que lhe permite identificar por que uma organização pode não estar com bom desempenho ou cumprindo suas metas. A discussão sobre pessoas deve vir antes das decisões sobre a estratégia. Já dizia Jim Collins, primeiro embarque no ônibus as pessoas certas, desembarque as pessoas erradas e coloque as certas nas poltronas certas, em seguida, decida para onde deva conduzir o ônibus. 

Dessa forma, o RH deve ser o impulsionador para realizar sessões de conversas com os principais líderes do negócio, incluindo o presidente. Estas conversas devem abordar as seguintes temáticas:

Quais são os principais desafios que o ambiente externo está lhe exigindo? 

Como eles estão afetando sua equipe? 

Quais mudanças na estratégia você pretende fazer? 

O que lhe preocupa mais? 

Estas questões vão criar no RH um senso de urgência para apoiar as demais áreas da empresa a implantarem as mudanças necessárias para reverter o cenário desse momento atual em que a economia brasileira está passando. 

Definindo as ações, não se pode simplesmente transmitir às pessoas uma grande ideia e esperar que elas a captem e a executem – elas precisam ver e experimentar seu valor. O RH desempenha um grande papel na criação dessas experiências. A disseminação mais ampla de qualquer conceito vai exigir uma interação. 

Pessoal, toda crise, não importa a natureza, quase sempre é mais humana que material, mais psicológica que real, porque nasce, de alguma forma, do confronto dos valores humanos. Se há algum tipo de crise em algum lugar, o ser humano falhou. Não há como separar dela o homem e suas condições. Quando uma crise chega a uma organização, antes de fazer estragos nos balanços, afeta, primeiramente, os seus talentos, podendo ter um desfecho trágico. 

Poucos têm a real dimensão de como ela abala a estrutura psicológica e como o medo que traz paralisa a inteligência das pessoas. O empregador teme a ameaça aos lucros e o trabalhador, teme o fantasma do desemprego. 

Então vamos arregaçar as mangas, trabalhar e não ter medo de mudanças, e fazer um bom ano de 2017. 

Sergio Mansilha

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