O ambiente empresarial está a ser afetado pela necessidade de adaptação às novas condições de mercado. Mas o que se vê é uma racionalização de gastos na ótica do “custe o que custar”, que não pode ser feita de forma irrefletida. A crise deve ser vista como uma oportunidade de tornar mais eficientes os modelos de gestão das organizações. Para isso, é fundamental ter uma orientação para o mercado, planejamento e investimento em marketing.
As empresas que se limitarem a garantir as suas operações no curto prazo, sofrerão de uma potencial miopia de marketing, ou seja, não conseguirão identificar os novos padrões de comportamento dos consumidores e tomadores de serviços, nem aproveitar novas oportunidades e abordagens tecnológicas. Com os consumidores e clientes mais racionais nos seus processos de decisão, mais exigentes, desconfiados, mais sensíveis aos pequenos detalhes, cabe agora às empresas apostarem na transparência e numa cultura de confiança, em novos padrões de segmentação e numa verdadeira capacidade de diferenciação. O marketing, deve ser cada vez mais “relacional” e as empresas devem estar onde estão os consumidores e tomadores de serviços, daí que a presença no contexto online seja absolutamente vital. Com a crise, os consumidores e tomadores de serviços adotam novas atitudes, as empresas adaptam as suas ofertas e o marketing tem de acompanhar essas alterações.
Como?
Com uma maior racionalidade nas escolhas, sentido de oportunidade na oferta e simplicidade na mensagem.
O desinvestimento até pode significar uma poupança a curto prazo para as empresas, mas tem depois consequências negativas como o adiar de inovações de produto e serviços e do conteúdo das próprias marcas, ou seja, as empresas devem preparar-se para saírem reforçadas para tempos de retoma, devem criar relações de parceria com os seus clientes, adaptarem ofertas, criarem soluções de contexto, reverem o discurso, e apostarem num plano de marketing em que impere a ambição e a criatividade.
Para vender é preciso mais imaginação e esforço.
Pense nisso...
Sergio Mansilha