Se existiu alguma herança que Sócrates deixou para a humanidade, foi à chance desta se questionar sobre suas "verdades". Na Grécia Antiga, esse grande homem deixou sua marca mostrando que a única coisa que sabia era que nada podia saber e estimulava todas as pessoas a se questionarem sobre a incompletude de seus saberes. A ferramenta que Sócrates utilizava era simples, porém muito poderosa: a pergunta.
Hoje, na Era da Globalização, apesar de vivenciarmos uma série de transformações que, segundo Gilles Lipovetsky, culminaram na quebra dos paradigmas engessados, dos ideais preconcebidos, das crenças utópicas, o ser humano continua sua busca irrefreável pelo controle da adversidade, pela busca de garantias e de respostas completas para apaziguar sua angústia frente ao inusitado.
Para evitarmos essa cilada de acharmos que sabemos tudo, eu convido a sermos profissionais do incompleto, ou seja, profissionais incomodados que se permitem questionar sobre nossos saberes e refletirmos sobre novas soluções frente às adversidades apresentadas. Mesmo que tenhamos uma bagagem de conhecimento enorme, devemos nos surpreender diante dos fenômenos da vida. Existe sempre algo que nunca será traduzido em palavras.
Para o líder de hoje, a atitude não pode ser diferente, é preciso buscar outra posição subjetiva, diferente daquela representada pelo mestre que tudo sabe. A crença de que um líder é aquele que sustenta todas as respostas, deve ser substituída pela crença de que este só tem um saber sobre a realidade, o que podemos chamar de janela de realidade, e que este saber é caduco, não vai muito longe se não escutar outras realidades.
É por isso que o líder tem uma equipe, para construir de forma criativa a soma das diversas janelas de realidades e criar um nexo que seja aplicável à situação adequada. Porém, a prática é muito diferente da teoria, pois o que enxergamos dentro das corporações são líderes, talvez tomados pela pressão do dia a dia e o medo frente a uma não solução, que não se permitem questionar as situações e acabam fornecendo e/ou demandando respostas automatizadas para tudo.
Não importa o conteúdo da estratégia, mas sim que esta seja encontrada o mais rápido possível, para ontem, pois como o tempo é um luxo do mundo moderno, não temos tempo para refletir, apenas para executar. O problema aumenta quando percebemos que respostas rápidas não são mais solucionadoras de situações complexas, o que exige que passemos a questionar sobre a importância do uso do tempo para questionarmos, refletirmos, criarmos, planejarmos e executarmos nosso trabalho com efetividade.
"O marketing na era do nexo", é preciso desacelerar para se conectar com as coisas que desenvolvem nexo em um projeto e o mantra que sempre devemos carregar é o da palavra: Por quê?
Talvez seja preciso mostrar de forma efetiva os ganhos que um líder atinge quando não tem todas as respostas, mas possui os questionamentos mais elaborados.
Sergio Mansilha
Hoje, na Era da Globalização, apesar de vivenciarmos uma série de transformações que, segundo Gilles Lipovetsky, culminaram na quebra dos paradigmas engessados, dos ideais preconcebidos, das crenças utópicas, o ser humano continua sua busca irrefreável pelo controle da adversidade, pela busca de garantias e de respostas completas para apaziguar sua angústia frente ao inusitado.
Para evitarmos essa cilada de acharmos que sabemos tudo, eu convido a sermos profissionais do incompleto, ou seja, profissionais incomodados que se permitem questionar sobre nossos saberes e refletirmos sobre novas soluções frente às adversidades apresentadas. Mesmo que tenhamos uma bagagem de conhecimento enorme, devemos nos surpreender diante dos fenômenos da vida. Existe sempre algo que nunca será traduzido em palavras.
Para o líder de hoje, a atitude não pode ser diferente, é preciso buscar outra posição subjetiva, diferente daquela representada pelo mestre que tudo sabe. A crença de que um líder é aquele que sustenta todas as respostas, deve ser substituída pela crença de que este só tem um saber sobre a realidade, o que podemos chamar de janela de realidade, e que este saber é caduco, não vai muito longe se não escutar outras realidades.
É por isso que o líder tem uma equipe, para construir de forma criativa a soma das diversas janelas de realidades e criar um nexo que seja aplicável à situação adequada. Porém, a prática é muito diferente da teoria, pois o que enxergamos dentro das corporações são líderes, talvez tomados pela pressão do dia a dia e o medo frente a uma não solução, que não se permitem questionar as situações e acabam fornecendo e/ou demandando respostas automatizadas para tudo.
Não importa o conteúdo da estratégia, mas sim que esta seja encontrada o mais rápido possível, para ontem, pois como o tempo é um luxo do mundo moderno, não temos tempo para refletir, apenas para executar. O problema aumenta quando percebemos que respostas rápidas não são mais solucionadoras de situações complexas, o que exige que passemos a questionar sobre a importância do uso do tempo para questionarmos, refletirmos, criarmos, planejarmos e executarmos nosso trabalho com efetividade.
"O marketing na era do nexo", é preciso desacelerar para se conectar com as coisas que desenvolvem nexo em um projeto e o mantra que sempre devemos carregar é o da palavra: Por quê?
Talvez seja preciso mostrar de forma efetiva os ganhos que um líder atinge quando não tem todas as respostas, mas possui os questionamentos mais elaborados.
Sergio Mansilha