Resiliência é um processo de
adaptação organizacional ou pessoal para se fazer frente de forma adequada, às
adversidades, aos traumas, às tragédias, às ameaças ou ainda a algumas outras
fontes de estresse, como as prolongadas fases de apertos financeiros. Na
verdade, podemos considerar que as pessoas ou empresas nominadas como
resilientes são aquelas que sabem se recuperar de grandes impactos negativos, mantendo
a crença num futuro melhor, no entanto, não tem nada de sobrenatural.
Trata-se
de uma característica comum que alguns indivíduos eventualmente desenvolvem
ante uma situação difícil.
Um traço comum das pessoas
resilientes é a tolerância a mudanças. Elas entendem que os imprevistos fazem
parte da rotina e por isso, não perdem o controle diante da primeira
dificuldade. Pesquisas recentes, aliás, comprovam que a habilidade de resistir
e contornar crises pode ser treinada e estimulada. A descoberta tem valor
especial para o mundo corporativo, hoje imerso em problemas como acúmulo de
trabalho, metas impraticáveis e os próprios reveses da economia, entre outros
fatores de estresse.
Outro requisito básico da resiliência profissional é a
capacidade de se definir metas claras e relevantes em plena turbulência. Não
existe, porém, nenhum método pronto para aguçar a resiliência das pessoas,
muito menos das empresas. Geralmente a habilidade de contornar os inevitáveis
obstáculos da rotina é consequência de um programa bem-sucedido de motivação e
sensibilização interna. Portanto, atitudes resilientes também são valiosas para
o desenvolvimento da carreira. O próprio significado de resiliência está ligado
à ideia de flexibilidade, condição essencial para se manter no mercado de
trabalho atual.
Os profissionais resilientes estão muito mais preparados para
serem donos de suas carreiras dentro do atual cenário da empregabilidade. Em
todos os casos, o grande desafio das empresas é fazer com que a resiliência de
alguns funcionários contamine toda a organização. É muito comum um diretor
saber como tomar uma atitude resiliente, mas não conseguir ensinar sua equipe a
fazer o mesmo.
Ser resiliente não
representa deixar de experimentar dificuldades ou angústias; sofrimento emocional
e tristeza são comuns nas pessoas, ou nos grupos funcionais, que sejam
acometidos por perdas ou traumas importantes. A bem da verdade, o caminho para
a resiliência passa preferencialmente, pelo conhecimento e pelo treinamento de
como se envolver com os distúrbios emocionais do ser humano sem se considerar
num beco sem saída ou completamente derrotado.
Em suma, a resiliência não é um
traço de personalidade que a pessoa tem ou não tem. Resiliência envolve
comportamentos, pensamentos e ações que podem ser aprendidas e desenvolvidas
por cada indivíduo.