Gestão do Risco passa a ser assunto estratégico nas organizações.
Minha atuação de mais de 25 anos no mercado de segurança e serviços, bem como a preocupação contínua em agregar novos conhecimentos e identificar às demandas do setor chamaram a atenção para um ponto extremamente necessário às organizações: Gestão dos Riscos Organizacionais.
A Gestão dos RISCOS Organizacionais está relacionada à escolha, pois decorre da incerteza inerente ao conjunto de possíveis conseqüências (ganhos e perdas) que resultam de decisões tomadas diariamente pela organização. Gerir Riscos contempla identificar, analisar, avaliar e tratar uma lista de eventos que podem trazer conseqüências positivas e negativas ao negócio.
Atualmente a Gestão dos Riscos é muito mais um conceito e uma metodologia para seu mapeamento nas organizações em geral do que uma profissão em si, embora existam cada vez mais profissionais se especializando no assunto, já escrevi nesse blog artigos inerentes a qualidade desse gestor. O que vejo comumente no mercado é uma visão sobre Gestão dos Riscos reservada somente as instituições financeiras, quando sua relevância deve ser dada por empresas de quaisquer portes e segmentos.
A Gestão dos Riscos configura uma exigência das melhores práticas de Governança Corporativa, aplicada com o objetivo de reconhecer e tratar 100% dos riscos dos negócios e, conseqüentemente, trazer transparência nas decisões das companhias. Desconhecer os riscos faz com que nos tornemos vítimas dos mesmos.
A sua gestão faz com que sejamos protagonistas deles e a partir de sua identificação, análise e avaliação, é possível tratá-los em prol da saúde das organizações em geral. É importante destacar que o cálculo dos riscos é possível de ser realizado por meio de uma série de pontuações que destacam uma espécie de GRID dos diversos riscos a qual uma empresa está submissa.
A gestão dos riscos pode ser resumida em quantificar 100% dos eventos (positivos e/ou negativos) de uma organização. Porém, antes de tudo, é fundamental trabalhar no mapeamento de todos os processos organizacionais, pois sem esse levantamento estar completo, a identificação dos riscos será deficitária. Jamais se deve iniciar um projeto de Gestão dos Riscos sem antes ter concluído a etapa anterior de Mapeamento e Gestão por Processos.
Um dos principais motivadores da Gestão dos Riscos sempre foi os stakeholders (partes interessadas), que cada vez mais desejam processos transparentes com riscos calculados. A sinergia entre as partes – consultoria e empresa – também é um ponto importante. O profissional que lida com a Gestão dos Riscos junto à consultoria deve ser detalhista, conhecer os processos organizacionais da empresa onde o projeto esteja sendo desenvolvido, além de conhecimentos básicos de estatística, matemática, econometria e finanças.
Em suma, a realidade atual com a qual nos deparamos constantemente exige cada vez mais uma preocupação relevante com nossas organizações.
O mercado competitivo, o número de profissionais que fazem parte de uma organização, os erros frequentes, a quantidade de informações processadas diariamente, entre outros aspectos que fazem parte do cotidiano exige a busca pela assertividade.
O Risco é proporcional ao sucesso!
Há pessoas e organizações com determinado apetite por riscos ou com alguma aversão a eles!
O excesso de apetite pode ser considerado um “vício” ou uma “gula” que se configura bastante prejudicial, no entanto a ausência total deste apetite é também caracterização de um certo “comodismo”.
Em contrapartida, a aversão total a ambientes de risco é o comportamento mais prejudicial possível ao empreendedorismo, ou seja, se não se assume nenhum tipo de apetite, ou ainda se nutre à aversão ao risco, jamais se merecerá o prêmio por corrê-los!
Quanto maior a exposição ao RISCO maior à recompensa potencial.
Sergio Mansilha