quarta-feira, 7 de abril de 2010

A importância da analise sintática

Na verdade, o melhor título para esse artigo seria: Reflexões sobre alguns enfoques na análise sintática e alguns pressupostos teóricos, pois sinto-me mais preocupado em debater pontos teóricos do que mostrar conflitos de pontos de vistas de especialistas. 

Mas, enfim, as duas coisas se entrelaçam e fica difícil separá-las. Já há algum tempo, vem sendo a análise sintática alvo de ataques de um segmento do ensino da língua portuguesa. Não foi, entretanto, apontado o mal que possa provocar o ensino e/ou o aprendizado da análise sintática. Que seja difícil ou apresente pontos controversos não é argumento que se possa levar em conta. 

Mas não há até aqueles que são contra o ensino da própria língua portuguesa? 

Se são no global, não se há de espantar serem contrários no parcial. Estou entre aqueles que acham que o saber não faz mal algum. Muito ao contrário, só nos enriquece nos transforma em pessoas capazes de entender mais, de compreender mais, de expressar mais etc., etc. Assim, posso até tornar-me avis rara, mas defendo o ensino da língua vernácula em toda a sua potencialidade, não importando o que digam ou o que pensem os que discutem o problema na internet, pregando liberdade total, de preferência cheio de erros de concordância e outros. 

O que defendo é uma metodologia clara, objetiva que indique o momento em que certos conhecimentos possam ser passados a fim de que cada um possa dispor de um meio de comunicação que poderá utilizar nas ocasiões necessárias, nos momentos certos na luta da vida para conquista dos melhores espaços. 

Ao invés de ser uma repressão, como dizem uns, pode tornar-se um meio eficiente de libertação e defesa contra a própria repressão de que se pode ser alvo ao longo da vida. Essas minhas palavras se faz necessária para a defesa do ensino da análise sintática, para tentar-mos algum dia ter um índice zero de reprovação nos exames da OAB em todo o Brasil ¨advogados que não sabem fazer uma petição com clareza e rica em argumentos¨, vestibulandos que insultam o português com suas redações eivadas de erros simplórios.

Meu santo português, quem não sabe escrever dificilmente saberá interpretar um texto das mais variadas formas e conceitos. A linguagem há de servir para expor-se o pensamento com clareza e só pode fazê-lo bem quem sabe construir uma frase perfeita. 

É preciso, pois, conhecer a estrutura do enunciado nos seus componentes, saber suas variantes e suas possibilidades. Isso é o mínimo. 

Sergio Mansilha

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