A sociedade contemporânea,
esta que conhecemos globalizadas, competitiva ao extremo, com acesso
impressionantemente veloz a informação, em constante processo de mudança de
cenários cada dia mais rapidamente, não pode ser dominada, isso significa que
as empresas para sobreviverem e prosperarem deve buscar uma estruturação
sólida, baseadas em equipes consolidadas, conscientes de suas atitudes,
comportamentos e posturas, alinhados aos valores da organização, orientados ao
resultado final almejado.
É nesse ponto que vemos a
importância da Gestão de Pessoas dentro das organizações, atuando em toda a
estrutura hierárquica da empresa, desde o nível produtivo até a liderança,
gerenciando talento, conhecimento, e capital humano disponível.
A Gestão de Pessoas deve
formar e consolidar equipes internas produtivas e comprometidas com a
estratégia e as metas da empresa, utilizando adequadamente processos seletivos,
atividades de treinamento, aperfeiçoamento e desenvolvimento de habilidades
individuais, otimizando recursos e investimentos, com o objetivo de maximizar
os lucros.
Gestão de Pessoas é um
conceito amplo que trata de como os indivíduos se estruturam para orientar e
gerenciar o comportamento humano no ambiente organizacional, e pode ser o
diferencial de empresas, que sabem selecionar pessoas certas para o trabalho a
ser realizado, ou seja: com as competências necessárias, a consciência do valor
da sua colaboração para a empresa alcançar seu objetivo, e comprometida com seu
trabalho, por paixão ao que faz. Contar com talentos exige recrutamento eficaz,
programas de treinamento, implementação de programas de capacitação, e
acompanhamento contínuo do desempenho obtido. Mas também uma cultura
organizacional que estimule a colaboração, o compartilhamento de conhecimento.
Aspectos intangíveis devem
ser considerados sempre que se trata de pessoas, uma vida em equilíbrio tem
diferentes áreas a serem buscadas: sucesso profissional, saúde física,
relacionamentos, lazer, espiritualidade, financeira, legado e realização
pessoal, a pirâmide de Maslow, apresentada em Motivation and Personality (1970)
classificou as necessidades humanas em níveis de importância e influenciação da
seguinte forma: necessidade de auto-realização, necessidade de estima,
necessidades sociais, necessidade de segurança e necessidades fisiológicas. Na
busca da satisfação mútua, traçando objetivos comuns aos colaboradores e a
empresa atua a Gestão de Pessoas.
Quando a organização vê as
pessoas como parceiros de seu desenvolvimento e as pessoas pensam o mesmo em
relação à empresa, a relação muda do controle para o desenvolvimento. A ação e
a cooperação das pessoas são fundamentais para mudar a forma de administrar e
como reflexo desta atitude, é preciso reconhecer o papel da cultura
organizacional, percebendo os indivíduos como atores que participam e
influenciam as mudanças. Desenvolver uma cultura organizacional nas quais as
pessoas, vistas como responsáveis pela imagem da empresa, precisam ser
motivadas e não controladas, e entendam que mudança é uma constante, pode ser
facilitada com a correta visão de liderança, ou seja, o que caracteriza a
liderança é a capacidade efetiva de gerar resultados por intermédio das
pessoas, ou de influenciá-las.
É preciso não somente prever
problemas, mas corrigi-los e um dos melhores instrumentos de que dispõem as
empresas para antecipar-se ao curso dos acontecimentos é investir nas pessoas.
Portanto faz-se necessário que as empresas apresentem uma proposta transparente
de intenções através de uma cultura organizacional que dissemine o que se
espera dos colaboradores.
Investir em pessoas dá
retorno líquido e certo, como prova a pesquisa feita pelo Great Place to Work
Institute Brasil, em parceria com o Centro de Estudos Financeiros da Fundação
Getulio Vargas, que em um levantamento sobre o desempenho das ações das
empresas que estão na Bovespa e que foram eleitas como as melhores para se
trabalhar. Se um indivíduo comprasse as ações delas, teria no período de 2000 a
2005, duas vezes mais rentabilidade do que quem optasse por ações de outras
empresas.
De fato a Gestão de Pessoas
pode facilitar ou dificultar a evolução do processo de mudança nas
organizações, pois a atenção devida às redes informais sociais e de poder
dentro da organização tem fundamental importância no sucesso de programas de
mudança organizacional. A transição do modelo sócio-econômico industrial para o
pós-industrial, fez com que a Gestão de Pessoas esteja profundamente associada
ao tema Gestão de Mudanças.