segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O investimento na educação corporativa

As organizações têm investido na educação Corporativa como estratégia para: valorizar, desenvolver e reter talentos tornando-se assim mais competitivas. É inegável que a elevação do Capital Intelectual, promove maior produtividade e satisfação dos colaboradores. Mas o que é uma Universidade Corporativa?

A validade do conhecimento cada vez mais tem prazo reduzido e as empresas não podem mais depender das instituições de ensino para desenvolver seus colaboradores, neste contexto nasceram as Universidades Corporativas, o objetivo destas universidades é controlar o processo continuado de aprendizagem (é um processo educacional onde os participantes ajudam e confiam uns nos outros para atingir às metas e resultados da empresa).

As universidades Corporativas, necessariamente não possuem uma sede própria uma instalação, embora algumas possuam, elas representam o envolvimento da organização e dos funcionários no aprendizado continuo, para desenvolver as melhores práticas, aliadas aos objetivos organizacionais. A empresa General Eletric na década de 50 já realizava ações voltadas ao desenvolvimento do Capital Intelectual com a criação da primeira Universidade Corporativa, no Brasil a Accor na década de 90 foi à primeira empresa criar uma Universidade Corporativa.

As Universidades Corporativas tem um papel importantíssimo na gestão do conhecimento, elas visam atender as exigências e especificidades do cargo dentro das estratégias traçadas pela organização.

É importante traçar um paralelo das diferenças entre a área de T&D e as Universidades Corporativas, até mesmo para entender os objetivos. A área de T&D nas organizações, no passado não era vista como uma área estratégica eram áreas/departamentos que possuíam ações pontuais, forçadas por uma demanda, num momento de crise estes departamentos eram deixados em segundo plano.

As organizações que possuem Universidade Corporativa estão criando um futuro, pois prepara o indivíduo para um mercado em constantes mudanças e atuam também na equação; tempo de produzir e tempo de aprender.

A sobrevivência e o sucesso hoje das organizações, estão atrelados em atender de forma rápida as demandas do conhecimento e para isso, é preciso repensar as práticas de educação profissional. 

A Universidade Corporativa desenha um novo cenário para desenvolver e reter os talentos.

Sergio Mansilha



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A aceitação institucional da educação corporativa

Não há como negar a importância da educação corporativa dentro do contexto das organizações que desejam manterem-se competitivas no mercado. A educação corporativa está intimamente ligada ao conceito de organizações que aprendem, ou seja, organizações que conseguem desenvolver a capacidade de aquisição, criação e transferência de conhecimento de forma a modificar o seu comportamento dentro de um cenário de incertezas e mudanças contínuas.

Obviamente que não se consegue isso da noite para o dia num estalar de dedos ou através da instalação de algum software corporativo, ou ainda, criando mecanismos de desenvolvimento e capacitação de pessoas, baseado em técnicas tradicionais de T&D. A organização que aprende, é aquela que cultiva o comprometimento e a capacidade de aprender em todos os seus níveis, criando as condições de adaptação contínua às mudanças, valendo-se de cinco processos fundamentais da aprendizagem, tais como: modelos mentais, domínio ou maestria pessoal, modos de pensamento sistêmico, visão compartilhada e aprendizagem em equipe. 

Para que se chegue a esse estágio é necessário que a empresa obtenha vantagem competitiva a partir da maneira como ela administra seus recursos humanos. Para tanto, deve estar atenta à formação e qualificação de seu pessoal, no sentido de provê-los de instrumentos favoráveis ao seu desenvolvimento profissional. Assim sendo a aprendizagem organizacional deixa de ser um discurso de âmbito estratégico, moldado no formato de treinamento pronto e acabado, para viabilizar-se por intermédio de mecanismos de educação continuada, orientado para o futuro, visando melhores resultados para a empresa, mas, também, com o foco no desenvolvimento da pessoa humana. 

Nesse sentido a educação corporativa surge como uma opção viável para suprir as organizações dos instrumentos necessários ao alcance desses propósitos. Esse ensino corporativo tem se caracterizado como um moderno e inovador instrumento de preparação e capacitação de profissionais dentro das organizações, representando uma estratégia eficaz para o desenvolvimento dos colaboradores das instituições no sentido de proporcionar-lhes acesso continuado a mecanismos de aprendizagem, novas oportunidades de crescimento profissional, bem como, possibilitar às empresas que o dispõe, uma alternativa importante para a atração e retenção de talentos. 

Aplicar e rentabilizar o conhecimento é um desafio que se anuncia para as organizações exigindo instrumentos eficazes para sua mensuração, por tratar-se de um componente do capital intelectual e que agrega valor ao negócio. A educação corporativa surge como um elemento facilitador do processo de gestão do capital intelectual, caracterizando-se por realizar-se em um ambiente não necessariamente físico que proporciona o desenvolvimento da aprendizagem continuada e possibilita a obtenção de vantagens competitivas para as organizações manterem-se vivas em seus respectivos mercados, bem como, favorece a entrada em outros nichos de negócio. 

Todavia, o modelo corporativo de aprendizagem organizacional não está livre das ameaças advindas dos modismos e dos pecados capitais a que se sujeitam as empresas, em função de inadequações estratégicas e operacionais, acarretando problemas de aceitação institucional por parte dos colaboradores das instituições patrocinadoras desse modelo. Em que pese diversos projetos bem sucedidos onde se verifica grande contribuição para o alcance de resultados organizacionais, inadequações no modo de implantação desse modelo, têm contribuído negativamente para a sua aceitação institucional. 

Um fator que, em princípio, é determinante na pouca aceitação institucional é a falta de continuidade dos programas ou aferição das habilidades efetivamente desenvolvidas pelos treinandos ou aprendizes, bem como a aplicabilidade dos instrumentos de reconhecimento e valorização dos profissionais qualificados dentro desse modelo.

Faz-se mister que as organizações não percam de vista o real propósito desse modelo educacional, para que não o transforme em uma via de mão única, baseada apenas em modismo e ancorada na falsa ilusão de competitividade ou lucratividade nos negócios.

Pense nisso.
Sergio Mansilha

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A complexidade de saber decidir

Algumas pessoas possuem dificuldades em tomar decisões, mesmo as mais simples do dia a dia, como escolher o que vestir, comer ou para onde ir. Contudo, a todo momento estamos nos defrontando com situações onde temos que decidir entre uma coisa ou outra.

Quando trazemos esta dificuldade para o universo empresarial ela se torna muito mais complexa, pois as consequências ganham maiores proporções, envolvendo diferentes responsabilidades e podendo repercutir no resultado de um processo, operação ou até mesmo no posicionamento da organização. 

Para saber se o caminho escolhido é o correto, é preciso estar embasado em informações precisas e quanto mais próximos chegarmos do nosso alvo, maior terá sido a eficiência no processo de tomada de decisão. Existem métodos que podem ajudar o gestor a seguir caminhos mais apropriados; conhecendo-os, as ações passam a ser estruturadas. O grande problema é que muitos gestores não utilizam metodologia alguma para orientar-se e o custo acaba sendo alto para as empresas, pois decisões sem fundamentos geralmente provocam resultados desastrosos ou satisfatórios apenas no instante inicial. 

Para tomar uma decisão assertiva é necessário, primeiramente, identificar o problema. Essa etapa consiste em analisar a situação atual e compará-la com a que se considera ideal a fim de identificar e avaliar possíveis alternativas no caso concreto. Quanto mais consistente for esse processo de escolha, menor o risco de erro já que algum nível de incerteza sempre existirá. No entanto, há situações nas quais a complexidade da decisão é maior e não basta que os gestores levem em consideração somente suas experiências e habilidades, já que muitos outros fatores também influenciam direta ou indiretamente a qualidade de suas decisões.

Um processo decisório pressupõe opções, nem sempre muito fáceis de escolher, pois os problemas podem ser amplos e complexos, com riscos e incertezas, além é claro, de envolver pessoas de vários níveis. Ao mesmo tempo, não basta simplesmente decidir, é necessário tomar a melhor decisão e segui-la, isto é, implementar aquilo que foi estipulado a fim de evitar que suas decisões se tornem inócuas. É preciso considerar que as mudanças estão ocorrendo e que o mercado está cada vez mais dinâmico. 

Deixar de tomar uma decisão, deliberar tarde demais ou adotar uma opção ruim são grandes falhas que devem ser evitadas, afinal de contas sua eficácia como gestor depende – e muito – da qualidade de suas decisões.

Pense nisso.
Sergio Mansilha

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