segunda-feira, 7 de julho de 2025

O que Devemos Esperar da Mídia Daqui por Diante.

Numa live semana passada, o assunto se baseava no que o segmento de mídia deve propor para um crescimento ainda esse ano. No meu conceito, creio que a tendência mais promissora que observo é a de que as empresas de mídia finalmente estão deixando de lado a retórica do sempre o digital em primeiro lugar, ou seja, para adotar operações verdadeiramente centradas no público alvo. 

Pessoal, as empresas estão removendo a impressão da tomada de decisões editoriais essenciais e colocando-a bem no final de seus fluxos de trabalho de maneira bastante forma. De uma certa forma, as organizações também estão levando a sério o engajamento e a retenção de assinantes, não apenas a aquisição, e construindo relacionamentos diretos com seus públicos para mapear um engajamento constante.

Digo isso, pois, a ascensão dos boletins informativos como verdadeiros geradores de receita tem sido particularmente encorajadora, especialmente para empresas que só produzem boletins informativos diretos e indiretos. 

Vocês já repararam que eles se tornaram os novos jornais para muitos leitores dispostos a pagar preços altos por ofertas de qualidade e definição de um padrão conexo. O que acontece é que todo jornalismo ao vivo e eventos também são áreas sub-exploradas que apresentam oportunidades significativas, embora isso dependa da marca de mídia e de seu posicionamento no mercado, no qual, abrange um volume significativo de engajamento.

Então Sergio, qual é o maior impacto da IA que se apresenta?

Então, a IA está transformando as redações de algumas maneiras principais, que irei mostrar abaixo: 

Início, como assistentes editoriais; evoluindo e definindo a transcrição, tradução, primeira edição, pesquisa, inspiração e tudo mais, assim, como ferramentas de criação e adaptação de conteúdo, ou seja, para reportagens de rotina, alteração do estilo ou tom do texto, geração de roteiros de áudio, tudo numa abrangente velocidade e, talvez o mais importante, como mecanismos de personalização exata com um contexto bastante definido. 

Porém, o verdadeiro divisor de águas pode ser a IA dos parceiros de negócios, uma IA conversacional que está mudando de frase, o que aconteceu para o que devo fazer a respeito desse processo. Isso potencialmente lógico transforma o jornalismo atual de entrega de informações dentro de um cronograma em um relacionamento contínuo e direto focado no fornecimento de orientação protocolar básica para todo entendimento em sua trajetória.

Me perguntaram, será que monetizar a IA, é um grande negócio isso seria possível?

Vamos entender que os pioneiros utilizam a IA principalmente para ganhos de eficiência e redução de custos, mas a verdadeira oportunidade de receita vai acima de contexto, seja agregando valor às assinaturas, seja por meio de anúncios formalizados ou patrocínios diretos e indiretos, dessa forma, isso reside em novos produtos e serviços com a exigência da tecnologia de IA, como newsletters diversos, com curadoria especial de IA, conteúdo exclusivo em áudio e vídeo ou feeds contínuos personalizados com anúncios altamente relevantes e com um propósito refinado e abundante. 

Existe uma característica, a personalização, no entanto, precisa ir além, digamos, de falar:

O quê! Para abordar o como dos serviços de entrega e orientação de conteúdo aplicado. 

Resumindo, o compartilhamento de receita de transações com a ajuda de agentes de IA também pode se tornar uma fonte interessante de receita bastante apropriada. 

Dessa maneira Sergio, que conselho sobre IA você daria às empresas de mídia atuantes no mercado?

Digo sempre, comece pequeno, experimente extensivamente, aprenda e fale rapidamente, isso é o básico de tudo. Procure manter sempre a supervisão humana, esteja ciente das limitações e riscos, bem como das oportunidades, e seja transparente sobre o uso da IA em qualquer projeto. 

Coloque na massa do sangue, que o mais importante para agentes inteligentes e IA conversacional é que o sistema só funciona com o conteúdo que você já possui e existe em seu portfólio. 

Reparem que, se o seu jornalismo carece de insights acionáveis, seus sistemas de IA também carecem de forma muito rápida ou fabricarão informações com base em seus dados de treinamento contínuo. 

Então Sergio, o que isso quer dizer?

Vejam, isso significa que a estratégia de conteúdo precisa ser adequada a todo esse processo. Trabalhe e concentre-se primeiro no escopo editorial, ou seja:

Quais as conversas você deseja ter com seu público de uma maneira geral?

Em ato contínuo, e as grandes plataformas tecnológicas atuais? 

Diante disso, como a mídia deve trabalhar com elas?

Seguinte, o relacionamento com grandes plataformas continua complicado ficando bastante abstrato. 

Por que?

Reparem que elas controlam a distribuição e, mais importante, o tráfego de referência sinalizada. Porém existe um outro parâmetro, ou seja, newsletters, por exemplo, e assinaturas diretas estão ajudando as empresas de mídia a reconstruir relacionamentos diretos com o público com muita formalidade. Então a chave é construir essa conexão direta para que você não fique totalmente dependente dos caprichos algorítmicos. Infelizmente, a busca generativa e o uso crescente do ChatGPT e ferramentas semelhantes para responder às perguntas das pessoas não ajudam e representam riscos ainda maiores do que a pouco tempo atrás. 

Enfim, as empresas de mídia precisam encontrar maneiras de proteger seu conteúdo e manter uma atribuição clara da marca e da fonte para aquisição de novos projetos de engajamento.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

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