Entende-se que o
conceito de Gestão do Conhecimento parte da premissa de que todo o conhecimento
existente na empresa, na cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no
coração dos departamentos das empresas, pertence também à organização. Em
contrapartida, todos os colaboradores que contribuem para que esse sistema
enriqueça podem e devem usufruir do mesmo, tendo acesso qualificado ao
conhecimento presente na organização, seja para a evolução de seu trabalho na
empresa, seja para evolução de suas carreiras.
Se verificarmos, não
é de hoje que o conhecimento desempenha papel fundamental na história. Sua
aquisição e aplicação sempre representaram estímulo para as conquistas de
inúmeras civilizações. No entanto, apenas “saber muito” sobre alguma coisa não
proporciona, por si só, maior poder de competição para uma organização. Na
verdade, é somente quando aliamos o conhecimento à sua gestão eficiente que ele
faz diferença.
Dessa forma, a Gestão
do Conhecimento, como prática e processo gerencial, visa a proporcionar à
empresa a competência sistêmica de adquirir, transformar, armazenar e
disseminar conhecimento de maneira útil, personalizada, responsável e lucrativa
para seus colaboradores e agentes de relacionamento.
Enfim, resumindo a
Gestão do Conhecimento significa organizar e sistematizar, em todos os pontos
de contato (nós de processos, elos de departamentos, interações com
stakeholders, etc), a capacidade da empresa de captar, gerar, criar, analisar,
traduzir, transformar, modelar, armazenar, disseminar, implantar e gerenciar a
informação, tanto interna como externamente. Essa informação deve ser
transformada efetivamente em conhecimento e distribuída – tornando-se acessível
– aos interessados. Assim, a informação aplicada, o conhecimento, passa a ser
um ativo da empresa, um ativo intangível de valor único, exponencialmente
remunerado e de difícil imitação.
Criar este
conhecimento e gerar valor a partir dele é uma espiral evolutiva. Não é
atividade finita, imutável ou pré-determinada. A cada interação, a cada
colaboração entre diferentes cérebros, este conhecimento evolui, criando as
organizações que aprendem que se adaptam e que antecipam – as chamadas
“learning organizations”.
Pense nisso.
Sergio Mansilha