quinta-feira, 1 de junho de 2017

O novo paradigma 4.0

Já estamos na travessia, o mundo real e realidade virtual continuam a fundir-se, modernas tecnologias da informação e da comunicação estão sendo combinadas com processos industriais tradicionais, alterando assim as várias áreas de produção e todo o seu segmento correlato.

O desejo de consumo não é apenas pelo novo, mas também pelo inédito, criando uma geração ansiosa por receber mercadorias e serviços tão logo comprem.

É notório que esse novo conceito de produção irá aumentar substancialmente a complexidade tecnológica dos processos de agregação de valor, em comparação com a situação que existe hoje.

Um ponto especial está em relação aos sistemas com a participação interativa de seres humanos, denominadas de organizações, e em particular as organizações produtivas, a aproximação das interações com os fornecedores e clientes, tem expandido esta complexidade, dada a diversidade de ofertas e demandas geradas pelos mesmos, respectivamente. Parte desta complexidade tem sido tratada com modelos de gestão enxuta, que procura simplifica-la pelo uso de instrumentos e ferramentas de medição e análise respectivamente.

Contudo, o crescimento desta complexidade tende a crescer cada vez mais, e tais práticas começam a se mostrar limitadas. A proposta da Indústria 4.0 vai de encontro dos conceitos de entendimento dos Sistemas Complexos Adaptativos, que procura fortalecer a identidade da organização, descentralizando o controle e as tomadas de decisões, e com isso proporcionando uma maior capacidade de flexibilidade e adaptação.

No meu entendimento essa nova revolução busca na utilização da tecnologia da informação uma estratégia e tática que a torna competitiva frente às desvantagens do custo de mão de obra mais barato dos países emergentes e de uma competitividade cada vez mais complexa e caótica, com muitos competidores e mudanças imprevisíveis de comportamento do mercado mundial.

E nós brasileiros, iremos fazer parte dessa nova revolução comumente chamada de 4.0?

Assim, irá surgir a demanda por profissionais com atuação dinâmica e multidisciplinar para ganhos de competitividade e geração de valor para o cliente, trazendo um novo paradigma de nossa produção industrial com incorporação de serviços de valor acrescentado, inovação e tecnologia.

Pessoal, dominar esse grau de complexidade exige ferramentas de software adequadas para projetar e construir as instalações e sistemas relevantes, e naturalmente, também para operá-los.

É urgentemente necessário que essas ferramentas sejam desenvolvidas e lançadas ao longo dos próximos anos. Em todo o mundo, os governos, federações de indústrias e empresas têm reconhecido a importância de criar seu próprio valor acrescentado através da produção, e o Brasil não pode ficar atrás dessa nova tendência.

Pense nisso.

Sergio Mansilha

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