segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Consciência de seus valores

Em um mundo cada vez mais competitivo e inundado de informações, muitas pessoas se sentem perdidas e sem um senso de propósito. Isto ocorre, entre outros motivos, por falta de norte, de fundamentos. 

Qual o segredo para o norte? 

Três conceitos: visão, valores e missão. 

Neste artigo quero falar de valores.

Valores correspondem à nossa essência. São aquelas coisas a que damos importância na vida, tais como família, crescimento, ética, respeito, integridade, honestidade, prudência, saúde, diversão e assim por diante. Para muitas pessoas, são ideias que estão no consciente. Para outras, não. Todavia, conscientemente ou inconscientemente, tudo o que fazemos ou deixamos de fazer está ligado aos nossos valores. 

Nossos valores funcionam como um software que nos atrai para a vida nos motiva e governa nossas decisões. Pense nas áreas de sua vida, como carreira, família, saúde, qualidade de vida e outros. Depois, pense nas atividades que você realiza em cada uma destas áreas. Depois, pense nos ganhos de cada atividade, nos motivos que levam você a fazer o que você faz. 

Você estará no caminho de extrair e se tornar consciente dos seus valores. 

Muito bem, qual a importância de se ter consciência de seus próprios valores? 

Simples: felicidade, senso de propósito e satisfação. 

Quando conhecemos e vivemos pelos nossos valores, nos sentimos realizados, felizes, satisfeitos. Lembre-se das vezes em que você mais esteve alegre e entusiasmado na sua vida. Muito provavelmente você estava vivendo pelos seus valores. 

O contrário é verdadeiro, isto é, se você esteve desequilibrado na sua vida, possivelmente você estava vivendo fora de seus valores.

Assim, faça este investimento em você, na sua qualidade de vida e no seu senso de propósito nesta vida. Tome consciência de seus valores, tenha-os presente, decida por eles e viva por eles. Você vai perceber a clara e radiante diferença. 

Você vai se sentir mais feliz. Além disso, nunca corrompa seus valores. Jamais se permita viver em situações que vão contra seus valores. Sua vida e seu bem-estar agradecem.
Sergio Mansilha

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Vantagem competitiva na gestão de recursos humanos

A universidade corporativa é instrumento cada vez mais usual entre as grandes empresas.

Foi a forma encontrada para organizar a capacitação de seus empregados, a das suas reais necessidades, ciente de que o crescimento da produtividade da mão de obra é fundamental para o aumento da competitividade e assim, poderem enfrentar melhor suas concorrentes no mercado. 

Todavia, as universidades corporativas não estão ao alcance das micro e pequenas empresas. 

A literatura a respeito do assunto não fala dessas empresas, como se essas universidades não pudessem estar ao alcance delas. Na realidade, a literatura limita-se a falar das grandes empresas; das micro e pequenas, o faz apenas indiretamente, quando explicita o conceito de universidade corporativa.

Em geral, o conceito é que a educação não deve ficar restrita à própria empresa, mas extensiva aos seus fornecedores e clientes. Talvez, as micro e pequenas empresas estejam numa dessas pontas, porém, seja como for, nunca serão elas que decidirão se precisam ou não de educação corporativa, de acordo com as suas reais necessidades. Visando a otimizar essa solução, o objetivo central deve ser o de atender as micro e pequenas empresas de um mesmo arranjo produtivo local e, observando o conceito de universidade corporativa, atender seus fornecedores e seus clientes. 

Os resultados revelam a universidade corporativa como estratégia política e mercadológica, apresentando dois eixos distintos de atuação e de geração de valor: do ponto de vista do desenvolvimento dos funcionários, constata-se evolução significativa sob alguns aspectos e reiteram-se antigas dificuldades do treinamento e desenvolvimento. Evidencia-se um distanciamento entre o discurso em torno da formação profissional e as práticas correspondentes. De maneira distinta, sob o âmbito da cadeia de valor, a atuação tem sido proativa, integrada aos negócios, gerando valor, na medida em que intensifica os relacionamentos com clientes, fornecedores, parceiros. 

Por essa via, a área de gestão de pessoas tem experimentado maior reconhecimento interno e externo, com conseqüente fortalecimento político. E como vantagem competitiva a educação corporativa chama a atenção dos executivos para por sua importância no cenário global. Para que as modernas organizações possam preparar-se para enfrentar a competição nos padrões da nova configuração internacional, é imprescindível uma revisão urgente na gestão de recursos humanos. E este seria o principal desafio à gestão de pessoas: gerar resultados que enriqueçam o valor da organização para clientes, investidores e funcionários. 

A educação corporativa será fundamental nesse processo, pois ela representa a energia geradora de sujeitos modernos, capazes de refletir criticamente sobre a realidade organizacional, de construí-la e modificá-la continuamente em nome da competitividade e do sucesso. Ela favorece a inteligência e o alto desempenho da organização, na busca incansável de bons resultados. Não é por coincidência que o tema Universidades Corporativas tem despertado tanto interesse nas empresas, pois as UCs têm se revelado como eficazes veículos para o alinhamento e desenvolvimento dos talentos humanos às estratégias empresariais. 

Missão, objetivos e princípios das universidades corporativas. A missão da universidade corporativa consiste em formar e desenvolver os talentos humanos na gestão dos negócios, promovendo a gestão do conhecimento organizacional (geração, assimilação, difusão e aplicação), através de um processo de aprendizagem ativa e continua. O objetivo principal de uma universidade corporativa é desenvolver e instalar as competências empresariais e humanas consideradas essenciais para a viabilização das estratégias de negociação. Um projeto de universidade corporativa corresponde à implementação dos seguintes pontos:

Definição clara do que é crítico para o sucesso da empresa e realização de diagnóstico das competências essenciais.

Desenvolvimento dessas competências essenciais - empresariais e humanas.

Foco no aprendizado organizacional, fortalecendo a cultura corporativa voltada à aprendizagem, inovação e mudança.

Foco nos públicos interno e externo, incluindo toda a cadeia de agregação de valor: clientes, fornecedores, distribuidores, parceiros e comunidade.

Ênfase em programas orientados para as necessidades dos negócios.

As experiências de implantação de universidades corporativas diferem em muitos pontos, mas elas tendem a se organizar em torno de alguns princípios e objetivos como:

Prover oportunidades de aprendizagem que dêem suporte para a empresa atingir seus objetivos críticos do negócio.

Desenhar programas que incorporem o diagnóstico das "competências essenciais".

Migrar do modelo "sala-de-aula" para múltiplas formas de aprendizagem (aprendizagem a qualquer hora e em qualquer lugar).

Estimular gerentes e líderes a se envolverem com a aprendizagem, tornado-se também responsáveis pelo processo.

Criar sistemas eficazes de avaliação dos investimentos e resultados obtidos construindo a ponte entre o desenvolvimento de talentos e as estratégias de negócio. Entendendo-se a UC como um sistema de desenvolvimento de pessoas pautado pela gestão de pessoas por competências, a identificação das competências essenciais, que agreguem valor ao negócio, é a base da competitividade organizacional e a pedra fundamental de todo e qualquer projeto de universidade corporativa bem concebido. 

Para que esse diagnóstico das competências essenciais permita de fato o vínculo entre desenvolvimento de pessoas (competências humanas) e estratégias de negócio (competências empresariais) é necessário que se realize uma reflexão profunda sobre as reais competências empresariais, ou seja, aquelas que diferenciarão a empresa da concorrência, assegurando-lhe vantagem competitiva e bons resultados.

Sergio Mansilha

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