segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Grandes tendências e sua evolução

Evoluir é conquistar um estagio tradutor das informações necessárias para uso naquilo que pretendemos, garantindo a renovação para melhorias das performances. 

Mais do que inteligência, toda a evolução sempre estará ligada à forma pratica de se obter meios facilitadores, ou seja, a competência está na capacidade conjunta entre negócios e pessoas para que tenham potencial de separar o que é perda de tempo do que acrescenta e estreita vínculos. Bons projetos são aqueles que conseguem fazer com que os outros percebam vantagens e desejos para a substituição, todo o resto é bobagem. 

O mundo, pelo excesso de oferta e natural evolução competitiva, estará sempre desenvolvendo filtros seletivos para optar pelos modelos que mais suportem as formas que cada um tem para construir seus gostos e negócios. Trabalhamos para ter o melhor produto de escala, mas com diferencial de oferta para atender os estilos das diversas tribos, desta forma é inevitável que um mesmo produto atenda a diferentes finalidades. Assim os negócios não são feitos pelo que aparentemente oferecem, mas pela forma com que são moldados para atender diversidades de situações e valores. 

Na pratica mesmo um veiculo popular, pode satisfazer a todo tipo de consumidor, de todas as faixas aquisitivas, podendo ser o primeiro carro de um jovem, vestindo seus ideais e valores ou ao mesmo tempo atender a um respeitado executivo de uma empresa para monitorar a sua segurança. Nestes casos será a linguagem e o conhecimento da necessidade versus o domínio do processo que fará a diferença para garantir a própria escala. Falando em negócios, nas ultimas décadas acumulamos uma serie de recursos facilitadores para uso no exercício das atividades. 

Um dia observando um velho amigo surfista, verifiquei que não estava usando lasch, aquela cordinha que segura a prancha quando neguinho cai na onda, e sabendo que essa ausência não era por problemas de custos, perguntei o porque da dispensa do acessório e a resposta foi que não queria ficar preguiçoso, acomodado e vacilar nas ondulações. Essa era a sua formula para continuar a trabalhar na seleção e qualidade do seu próprio desempenho. Das ondas para os negócios, tecnologia demais pode acomodar, causando distanciamento dos pequenos detalhes somente percebidos quando no front dos acontecimentos, aonde sempre é indispensável sermos presentes e atuantes, pois para equações de volumes, devemos estar perto da fonte dos detalhes, dos costumes e assim propor o que chamamos de tendências. 

Penso que toda profissão nasce da nossa capacidade no lidar com pessoas, na experiência do campo e sua evolução como abridor de portas, na missão de dominar e superar as metas, no amadurecimento necessário para a própria evolução e seleção dos produtos e ou serviços que representamos, na disposição de conhecer e se envolver com os mercados, e na visão refinada para orientar aqueles que destinamos nosso trabalho. Creio que tudo isso completa o perfil de qualquer atividade, que hoje não mais se resume no domínio do exercício satisfatório, pois como no caso do surfista, isso não mais funciona para quem quer vencer em mercados tipo funil aonde até a densidade do suco faz diferença. 

Ainda não conheci um grande executivo que não tenha sido office-boy, um grande vendedor que tenha crescido com a ausência do aprendizado e conhecimento enfrentando à gestão de problemas para o domínio dos seus clientes. Hoje entendo o como é importante saber selecionar os meios para a educação e evolução, saber escolher o show daqueles que realmente se tornaram talentos pelo resultado de um trabalho acrescido de sucesso, vivência e experiência. 

Nunca acredite que o branco pode ser mais branco, pois essa é uma cor única que jamais sofrerá variações. 

Sergio Mansilha

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A arte da leitura

Sinto muito dizer, mas o que escrevo, por ora, somente algumas pessoas entenderão. 

A essas pessoas posso dar o nome de escritores, pois somente quem escreve entende o que é fazer parte desse mundo sobrenatural da escrita. O escritor argentino Rodrigo Fresán soube descrever esse paradigma afirmando que não escolhemos ser escritores, mas sim somos escolhidos para exercer tal ofício. 

Ser escritor é uma vocação e como tal, não há como fugir dela. Então - outra vez nas palavras de Fresán - se você foi escolhido, terá que carregar esse fardo por toda a vida. Desde pequenos, sentimos um prazer incomum ao ouvir histórias ou até mesmo contá-las. Até que chega o momento crucial em que o destino será profetizado. Chega o dia em que aqueles símbolos até então estranhos são decifrados e começamos a compreender a extraordinária arte da leitura. 

É neste momento que nos tornamos independentes, e o mundo passa a girar em torno de nosso próprio eixo. Não precisamos mais de nenhum intermediário para alcançarmos nosso mundo paralelo. De repente nos tornamos gigantes e capazes de alcançar tudo o que antes nos era inacessível. A curiosidade se torna nossa inquilina e acabamos escravos dela. 

Queremos decifrar o mundo e nada nos faz parar, a sede de saber é nosso único combustível. Ao contrário do que muitos pensam, não escrevemos para os outros. Escrevemos para aliviar nossa mente de múltiplas ideias que não param de brotar e se reproduzir. Quando lemos algo que escrevemos é como se olhássemos para nós mesmos através de uma cúpula de vidro. 

É um vício comum tentarmos absorver o passado que se fez presente na hora em que o texto foi concebido. Cada vez que escrevemos um texto, é como se déssemos a luz a um primeiro filho. Não existe ordem de importância, mas existe sim a lembrança intacta do contexto temporal em que foi escrito. 

Escrever não significa somente alinhar palavras e seus significados, é preciso saber conduzi-las, como o maestro de uma orquestra. Regê-las para que sigam a nossa melodia até a última nota onde estacionamos o ponto final. Não há beleza maior do que ver alguém exercer uma profissão com amor. 

É a combinação perfeita, e nunca poderá dar errado. Mas é preciso estar atento para ouvir a voz que irá chamá-lo para seu respectivo mundo. 

A profissão está dentro de nós, e nada que você faça poderá mudar isso. 

Sergio Mansilha

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