segunda-feira, 20 de junho de 2011

Estou respondendo, o que é Coaching

Pense nele como um recurso estratégico, veja o que eu vou exemplificar. 

Dirigir é um grande desafio, mesmo para os mais preparados. Basta nos sentarmos ao volante de um automóvel, com quatro outros passageiros, por exemplo, saindo em busca de um restaurante para o almoço. Fora todo o alvoroço – sair do escritório, saciar a fome, dar uma olhada no mundo lá fora, esquecer momentaneamente dos problemas, etc. – o turbilhão de conversas paralelas cria o clima do momento. 

Apenas dois quarteirões adiante, depois de deixarem o estacionamento, surge a fatídica questão: 

Onde vamos almoçar? 

Minutos mais tarde, depois de várias respostas do tipo: "Não sei"; "Ah, vamos a qualquer lugar"; "O que vocês escolherem está bom pra mim"; entre outras... 

Enquanto que a discussão continua acalorada, o nosso motorista segue cada vez mais estressado e perdido, vendo as ruas passarem sem que uma decisão comum seja alcançada... O interessante nesse caso tão cotidiano é que todos têm um objetivo em comum, todos partiram juntos, todos têm dúvidas semelhantes (aonde ir) e todos dependem de um único recurso – o motorista. Se transferirmos essa situação para o ambiente empresarial, veremos que o ponto em comum é de que todos dependem daquele que dirige. 

No caso do motorista, ele, presumivelmente, conhece os possíveis restaurantes e seus respectivos caminhos. No caso daquele que dirige a empresa, a situação pode não ser exatamente a mesma. Não por demérito, mas sim pela complexidade que lhe é exigida nessa função. No caso do automóvel, os quatro outros esfomeados poderão colaborar com palpites quanto à direção ou ao caminho, podendo, até, estarem corretos. No caso daquele que dirige a empresa, além de não poder contar com palpites, deverá alcançar os objetivos estabelecidos e levar a empresa por caminhos seguros e sustentáveis, o que – concordemos – é um desafio enormemente estressante. 

Cabe ressaltar que os problemas de quem dirige uma empresa não são inerentes somente à sua capacidade gerencial e estratégica, mas sim ao comportamento das demandas e das mutações do mercado em que atua, assim como, às do momento econômico que colore esse cenário. O mercado é um ser mutante e altamente volátil. Sofre interações e mudanças súbitas mediante vários fatores e, muitas vezes, sem qualquer referência ou relação. 

Adicionalmente, nestes tempos de grandes solavancos da economia global sobre os mercados locais, podemos facilmente imaginar o universo de questionamentos que se abrem à mente da maioria dos dirigentes empresariais. Daí, dirigir uma empresa em mares tempestuosos exige respostas rápidas e tão diversas em conhecimento e estratégias, quanto às causas das mudanças enfrentadas. O motorista pode até errar de restaurante ou receber uma boa dica ou palpite de um dos caronas, mas o dirigente não tem essa opção. No entanto, mais e mais dirigentes e altos executivos têm lançado mão de um recurso efetivamente importante à solidão que esse intenso questionamento os impõe. 

Trata-se do Coaching. 

Esse recurso externo, uma assessoria disponível na medida e na característica da necessidade, abre um grande espaço de reflexão estratégica ao executivo, proporcionando novas alternativas e novas perspectivas aos problemas. 

O Coaching é um instrumento, um facilitador, uma possibilidade de diálogo e de discussão de perspectivas ferramentais às situações existentes ou imprevistas. É um recurso personalizado à necessidade, permitindo interações de idéias e estratégias, especificamente voltadas aos problemas e aos desafios executivos da liderança. O papel do Coach, como em qualquer esporte, é o de um técnico que sugere, aconselha, assessora, discute, instiga à reflexão e oferece meios e estratégias dirigidas às situações de necessidade do executivo, sem interações com a empresa e o seu meio. 

Trata-se de um recurso de inteligência estratégica à disposição do executivo sem que ele tenha que se deslocar ou atender a freqüência de um curso de extensão ou especialização. Além do mais, as disciplinas não são generalizadas, mas sim, voltadas, especificamente, às necessidades correntes exigidas em sua função. 

O Coach é o co-piloto do percurso, escolhido de acordo com a necessidade ou a especificidade do trecho a ser percorrido, sendo utilizado, apenas, nos momentos onde os requisitos exijam tal ou qual suporte adicional. 

Afinal, aquele que dirige tem que estar pronto, em tempo e em conhecimento, para tomar os melhores caminhos na condução do negócio.

Sergio Mansilha

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Como diferenciar um gerente de um lider

Fala-se muito sobre a necessidade de desenvolvermos líderes, de apostarmos em pessoas com características de liderança, etc. Preparando para uma palestra, cujo tema era Liderança e Comportamento Gerencial, elaborei algumas provocações para os ouvintes.

Primeiro, faça suas reflexões: - Todo GERENTE é LÍDER? - Todo LÍDER é GERENTE? - Todo GERENTE tem cargo de liderança? - Todo LÍDER tem cargo de gerência? - Ter GERENTE é importante? - Todo GERENTE é importante?

É inacreditável o universo de combinações diferentes para a percepção das reflexões anteriores. Lembrando dos cargos que ocupei em minha carreira corporativa, concluo que na maioria das vezes era líder e, mesmo quando estava me achando um grande líder, estava fazendo o papel de gerente. Interessante como os papéis se confundem. Interessante também como não há demérito em ocupar nenhum dos dois papéis!!

O segredo é saber dosar e equilibrar intenções e intensidades!! Quantas vezes tivemos (e temos) que fazer regras e andar por caminhos já existentes. Ter como princípio a estabilidade, a autoridade formal, o controle, evitar conflitos, minimizar riscos, agir mais com a cabeça que com o coração, procurando objetivos claros e resolver problemas.

Em todos esses momentos, usamos COMPORTAMENTO E HABILIDADES GERENCIAIS.
Faça outra reflexão: quais as profissões e cargos que o leitor conhece que requerem em grande escala, ou quase totalmente tais características?

Eu acho que, geralmente para ocupações de controle, em áreas técnicas e de produção. E você, o que acha? Mas, e o lado humano das relações interpessoais?

Segundo Katz, devemos mesclar habilidades conceituais, humanas e técnicas, de acordo com a posição assumida dentro de uma corporação. O que ele deixa claro é que a habilidade humana jamais deva ser negociada ou reduzida, ou melhor, deve ocorrer para supervisores de primeira linha, gerência intermediária e administração superior.

E o que é essa tal de habilidade humana? É ter decorado o manual de instruções de como lidar com o ser humano?

Algumas palavras, expressões, e comportamentos, quando incorporados ao DNA do líder, certamente fazem a diferença!!

Quer o mapa? Fique à vontade: - assegurar compreensão; - inspirar criatividade; - antecipar os problemas; - capacitar; - inspirar coragem de correr riscos; - apoiar; - usar carisma pessoal; - procurar visão; - apelar ao coração; - energizar com paixão; - mostrar proatividade; - trabalhar por gosto; - quebrar regras; - andar por novos caminhos; - ter autocontrole e humildade; - olhar além dos planos de operação e para fora.


Sergio Mansilha

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