segunda-feira, 26 de abril de 2010

Gestão participativa

O processo de liderança, seja no âmbito da empresa ou na vida familiar, para ser efetivo e eficiente, tem que ser participativo, ou seja, não se pode prescindir das ideias e das ações dos colaboradores que nos cercam. 

Isto pressupõe uma série de vantagens, como: a substituição de uma hierarquia de autoridade por uma de competências; a criação de espaços de negociação sobre os objetivos do trabalho, a qualidade, a organização e as condições de trabalho; o envolvimento como fator de desenvolvimento; a propagação do conhecimento em um ambiente de inovação; e a melhoria da auto-estima dos colaboradores. 

A princípio, não existem desvantagens para adoção de uma gestão participativa. Entretanto, alguns cuidados devem ser tomados por parte da liderança. 

A empresa deve se encontrar em um estágio de maturidade para que este envolvimento seja produtivo, além de existir um sentido de organização refletido nos processos, atividades e funções exercidas pelos colaboradores, para que não haja sobreposições e ingerências no convívio harmônico das equipes.

O papel da liderança é fundamental ao êxito da gestão participativa para criar um ambiente adequado ao florescimento das ideias, eliminando os obstáculos à criação e, principalmente, indicando a direção e os rumos que a empresa está tomando em sua estratégia, para melhor direcionar os esforços de todos.Há várias formas de se atingir este objetivo de participação. 

Em geral, as empresas ressentem-se da ausência de um planejamento de médio e longo prazo e uma das formas de desenvolvê-lo é agregar o nível gerencial neste processo de reflexão sobre o futuro. 

Ao mesmo tempo, estes gestores devem envolver suas equipes de trabalho para agregar outras idéias e mantê-los informados sobre o andamento do planejamento. 

Assim, cria-se um ambiente participativo onde todos se envolvem com um propósito específico: planejar a empresa. Este exercício pode ser o começo para outras situações em que o coletivo pode participar.

Essencialmente, as empresas que adotam este tipo de gestão são aquelas que, geralmente, estão classificadas como "as melhores empresas para se trabalhar" nos rankings de publicações especializadas em gestão. 

No Brasil, são inúmeros os cases de sucesso. 

Uma boa gestão participativa só é possível quando o principal líder da empresa - presidente ou acionista - estiver convicto de que é possível tê-la e se ele mesmo patrocinar este processo. 

Sergio Mansilha

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Exportação de talentos

Apesar dos reflexos da crise econômica mundial, que, felizmente, parece estar perdendo força, o Brasil continua a integrar o grupo de países emergentes de destaque. 

No centro desse cenário, estão os executivos, que contam com o reconhecimento externo e alimentam a exportação de mão de obra especializada para diferentes países.

Os anos de turbulências da economia brasileira forjaram executivos fortes, atentos, criativos e flexíveis a situações adversas, um perfil valorizado no atual cenário de profundas mudanças no mercado externo e de globalização da força de trabalho. Entretanto, esse reconhecimento poderá gerar problemas internos em médio e longo prazos, caso não sejamos capazes de reter nossos talentos e reforçar valores éticos que buscam o crescimento da coletividade empresarial. 

Aqui vale um paralelo com o futebol. Hoje, dificilmente somos capazes de escalar um time de craques que vestem a camisa da seleção brasileira. Nossos melhores jogadores estão espalhados pelo mundo, atraídos pelos euros, dólares e fama. 

E pior: os que ainda “defendem” o Brasil em competições internacionais preocupam-se em “bater uma bolinha” e voltar para o colo do Velho Mundo. E no universo corporativo?

Igualmente, estamos arriscados a sofrer as consequências do “êxodo de talentos”, além da falta de comprometimento com objetivos comuns, gerada pela “vaidade do reconhecimento”, o que resulta em frutos não positivos, como a quebra de valores éticos e de relações duradouras. 

Portanto, devemos orgulhar-nos do reconhecimento internacional de nossos profissionais. É ótimo estarmos em alta no Exterior. 

Porém, mais do que isto, precisamos valorizar internamente nossos talentos e, se possível, retê-los com o objetivo de forjar um mundo melhor para as corporações e os profissionais.

Para isto, acredito que cabe às empresas estimular o exercício do desenvolvimento de uma cultura ética, de valorização da “orquestra corporativa”, para manter a harmonia, combatendo a criação de um ambiente no qual todos querem ser solistas ou craques inigualáveis, num jogo de vale-tudo. 

Penso que apenas assim conservaremos nosso espírito de corpo e praticaremos o que tão bem definiu o escritor uruguaio Eduardo Galeano em seu livro “Veias da América Latina”:

“Há valores que estão além de qualquer cotação. 

Não há quem os compre, porque não estão à venda. Estão fora do mercado e por isto sobrevivem.” 

Pense nisto e até a próxima! 

Sergio Mansilha

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Vender é saber negociar

As negociações fazem parte de nossas vidas desde o nascimento. 

A Negociação está presente em praticamente todos os momentos de nossas vidas e não só quando tratamos de questões profissionais. 

Negociamos com nossos filhos, amigos, esposas e maridos muitas vezes sem percebermos. 

O sucesso, tanto na vida como nas vendas, está diretamente ligado à capacidade de negociar. Aprender negociar é uma condição indispensável para quem quer se destacar na área comercial. 

Para isso, buscar aumentar seu poder pessoal é um fator que deve ser levado a sério pelos profissionais que precisam persuadir outros diariamente para fechar negócios. Mas, para desenvolver mais poder é preciso conhecer quais são as suas origens. 

O poder pessoal provém de fontes externas e internas. As fontes externas provêm do ambiente onde vivemos e sobre o qual não temos total controle. 

Já as fontes internas de poder, dependem exclusivamente de nós, e se reconhecidas podem ser melhor desenvolvidas. 

Podemos apontar como fontes externas de poder nas negociações as informações, o tempo, a capacidade financeira, a concorrência, os riscos e a legitimidade. 

Já as fontes internas de poder, estão ao nosso alcance, são o planejamento, a observação, a persistência, o modo de se expressar com clareza e dicção, saber ouvir, a aparência e a postura, a facilidade de comunicação, a auto-estima elevada, o otimismo, o autoconhecimento e a criatividade. 

Sergio Mansilha

quarta-feira, 7 de abril de 2010

A importância da analise sintática

Na verdade, o melhor título para esse artigo seria: Reflexões sobre alguns enfoques na análise sintática e alguns pressupostos teóricos, pois sinto-me mais preocupado em debater pontos teóricos do que mostrar conflitos de pontos de vistas de especialistas. 

Mas, enfim, as duas coisas se entrelaçam e fica difícil separá-las. Já há algum tempo, vem sendo a análise sintática alvo de ataques de um segmento do ensino da língua portuguesa. Não foi, entretanto, apontado o mal que possa provocar o ensino e/ou o aprendizado da análise sintática. Que seja difícil ou apresente pontos controversos não é argumento que se possa levar em conta. 

Mas não há até aqueles que são contra o ensino da própria língua portuguesa? 

Se são no global, não se há de espantar serem contrários no parcial. Estou entre aqueles que acham que o saber não faz mal algum. Muito ao contrário, só nos enriquece nos transforma em pessoas capazes de entender mais, de compreender mais, de expressar mais etc., etc. Assim, posso até tornar-me avis rara, mas defendo o ensino da língua vernácula em toda a sua potencialidade, não importando o que digam ou o que pensem os que discutem o problema na internet, pregando liberdade total, de preferência cheio de erros de concordância e outros. 

O que defendo é uma metodologia clara, objetiva que indique o momento em que certos conhecimentos possam ser passados a fim de que cada um possa dispor de um meio de comunicação que poderá utilizar nas ocasiões necessárias, nos momentos certos na luta da vida para conquista dos melhores espaços. 

Ao invés de ser uma repressão, como dizem uns, pode tornar-se um meio eficiente de libertação e defesa contra a própria repressão de que se pode ser alvo ao longo da vida. Essas minhas palavras se faz necessária para a defesa do ensino da análise sintática, para tentar-mos algum dia ter um índice zero de reprovação nos exames da OAB em todo o Brasil ¨advogados que não sabem fazer uma petição com clareza e rica em argumentos¨, vestibulandos que insultam o português com suas redações eivadas de erros simplórios.

Meu santo português, quem não sabe escrever dificilmente saberá interpretar um texto das mais variadas formas e conceitos. A linguagem há de servir para expor-se o pensamento com clareza e só pode fazê-lo bem quem sabe construir uma frase perfeita. 

É preciso, pois, conhecer a estrutura do enunciado nos seus componentes, saber suas variantes e suas possibilidades. Isso é o mínimo. 

Sergio Mansilha

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Passar a bola

A sucessão empresarial pode acontecer em diversas situações: 

Quando o fundador resolve se aposentar, quando quer simplesmente ficar no conselho consultivo ou mesmo quando não tem mais condições de tocar o negócio por qualquer motivo. 

Entretanto, quando a empresa não se prepara para esse momento pode ocorrer uma situação traumática. 

Conflitos entre membros da família por causa da transmissão do capital e também do poder, podem até arruinar o negócio. Para evitar isso a organização precisa montar uma boa estratégia para a sucessão empresarial. 

Organizações de sucesso, geralmente, têm na alta direção um bom líder. Este consegue enxergar a necessidade de formar seu sucessor e para isso torna-se um coach para a pessoa que ele acredita que terá capacidade de dar continuidade ao seu projeto. Como um bom coach, sua tarefa principal é ajudar, conduzir a pessoa que está sendo treinada a obter o melhor de si. 

Como entende isso, chama o futuro sucessor para junto de si e mostra o que acredita que ajudará na condução dos negócios quando não estiver mais no dia a dia da empresa. 

Uma transição familiar bem sucedida pode significar um novo começo para a empresa. Inúmeras organizações permanecem por décadas, quando a sucessão acontece com sucesso. 

Se o fundador tiver dificuldades é possível contratar um consultor para ajudar a conduzir o processo de sucessão. 

Muito importante também é preparar os herdeiros para serem empresários, já que assumir um negócio tem diversas responsabilidades - além de ser um empreendedor é preciso ser um bom gestor, um bom líder e, muitas vezes, lidar com um ou mais sócios. 

Empresários de sucesso cuidam dos recursos e das pessoas. 

Sergio Mansilha

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